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Como se mede a intensidade de um furacão?

Os meteorologistas utilizam dois critérios: a velocidade dos ventos e os danos causados pelo fenômeno. “Para ser classificado como um furacão, o centro da tempestade deve ter ventos de pelo menos 118 quilômetros por hora. Depois, dependendo da rapidez dos ventos e sua capacidade de destruição, os furacões são divididos em uma escala de cinco […]

Por Redação Mundo Estranho
Atualizado em 22 fev 2024, 11h06 - Publicado em 18 abr 2011, 18h52

Os meteorologistas utilizam dois critérios: a velocidade dos ventos e os danos causados pelo fenômeno. “Para ser classificado como um furacão, o centro da tempestade deve ter ventos de pelo menos 118 quilômetros por hora. Depois, dependendo da rapidez dos ventos e sua capacidade de destruição, os furacões são divididos em uma escala de cinco categorias, batizada de Saffir-Simpson, uma homenagem aos dois americanos que desenvolveram essa gradação na década de 70”, afirma a meteorologista Rosmeri Porfírio da Rocha, da USP. A partir da categoria 3, os furacões provocam estragos consideráveis. Quando os ventos ultrapassam 178 quilômetros por hora, eles podem arrancar grandes árvores e levantar pequenas construções. Piores que os efeitos das rajadas são as chuvas que acompanham a passagem dos furacões. Nos Estados Unidos, um estudo da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), a agência governamental que cuida de atmosfera e oceanos, revelou que as inundações das áreas costeiras foram responsáveis por 59% das mortes causadas por furacões nas últimas três décadas no país – o vento respondeu por apenas 12% das vítimas. A América do Norte, aliás, voltou a sofrer os efeitos de um furacão com a passagem do Isabel, que obrigou o deslocamento de 250 mil pessoas e matou pelo menos 30 em setembro. Esse número, porém, é fichinha se comparado ao 1 milhão de vítimas na passagem do furacão mais mortal da história, que devastou Bangladesh em 1970. Sorte que nosso país não sofre com esses desastres naturais. “Eles são mais comuns em regiões onde a água do mar é quente e transfere umidade para a atmosfera, alimentando as enormes nuvens de tempestade ao redor dos furacões. No Brasil, como a água do Atlântico Sul tem temperaturas menores, não há registro desses fenômenos”, diz Rosmeri.

Mergulhe nessa

Na livraria:

Tempo e Clima

Patricia Daniels, Abril Livros, 1995

Na internet:

https://www.nhc.noaa.gov

Escala da destruição
Quando os ventos ultrapassam os 178 km/h, árvores são arrancadas e casas voam pelos ares

CATEGORIA 1

Ventos de 118 a 153 km/h

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Danos mínimos

Uma tempestade passa a ser considerada um furacão quando a velocidade dos ventos no centro da tormenta é superior a 118 km/h. Nessa primeira categoria, a passagem do fenômeno praticamente não provoca destruição. Prédios e casas permanecem intactos, mas o vento arrasta arbustos e derruba galhos de árvores e placas, além de causar pequenas inundações em áreas litorâneas

CATEGORIA 2

Ventos de 154 a 177 km/h

Danos moderados

Nesse nível, os furacões conseguem destruir parcialmente telhados, portas e janelas. No oceano, a ancoragem de pequenas embarcações pode ser rompida e ondas até 2,40 metros acima do nível normal inundam ruas da orla, obrigando a retirada dos moradores. Depois de perder força ao se deslocar pelo oceano Atlântico, o furacão Isabel foi encaixado nessa categoria ao chegar ao continente

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CATEGORIA 3

Ventos de 178 a 209 km/h

Danos Grandes

A partir dessa categoria, o furacão já é considerado um fenômeno de grandes proporções. Ventos superiores a 178 km/h conseguem derrubar árvores e gerar ondas 3 metros acima do normal, danificando casas próximas à linha da costa. Construções menores ou pouco resistentes, como trailers e casas pré-fabricadas, podem ficar completamente destruídas

CATEGORIA 4

Ventos de 210 a 249 km/h

Danos extremos

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O poder de destruição de um furacão do tipo 4 é 100 vezes maior que um do tipo 1. Ventos maiores que 210 km/h costumam causar problemas estruturais em grandes construções, derrubando paredes e tetos. Ondas 5 metros acima do normal geram inundações graves e provocam erosão nas praias. Um exemplo é o furacão Andrew, que devastou a costa da Flórida em 1992

CATEGORIA 5

Ventos superiores a 249 km/h

Danos catastróficos

É alta a possibilidade de mortes quando passam os furacões mais violentos. Árvores são arrancadas pela raiz, placas são arremessadas, casas e edifícios inteiros podem cair. Os danos se espalham por até 16 quilômetros nas áreas próximas à costa e a região precisa ser evacuada. Nessa categoria, um dos piores foi o furacão Camille, cujos ventos de 320 km/h atingiram a costa americana no golfo do México e mataram 256 pessoas

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