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Como Sherlock Holmes resolveu o caso de Um Estudo em Vermelho?

Em seu primeiro romance, Sherlock Holmes conheceu o Dr. Watson, com quem desvendou o caso de um assassinato em uma sala (quase) vazia

Por Luiza Wolf
Atualizado em 22 fev 2024, 10h11 - Publicado em 30 ago 2017, 13h05

A imagem acima é uma recriação da cena do crime de Um Estudo em Vermelho conforme a descrição feita no livro. A vítima foi encontrada em uma casa antiga e empoeirada, mas Sherlock soube achar os indícios necessários para desvendar o crime.

AS PISTAS

A cena do crime de um Estudo em Vermelho

1) As roupas elegantes e caras mostravam que a vítima, muito provavelmente, tinha boas posses

2) A expressão de ódio e de terror no rosto do cadáver indicam que ele sabia que estava prestes a morrer. Pensando que ele deve ter agonizado por alguns segundos, Holmes cheirou seus lábios – e sentiu o aroma de veneno

3) Pela distância entre os passos, Sherlock soube que o assassino tinha mais de 1,80 m de altura

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4) As pegadas marcadas na poeira indicavam dois diferentes formatos de sapatos e, portanto, dois homens

5) Quando a polícia removeu o cadáver, uma aliança feminina caiu de sua roupa. Como havia apenas pegadas masculinas, Sherlock concluiu que o anel fora trazido por algum dos homens, provavelmente pelo assassino, o que também indicaria um crime cometido por causa de um romance

A cena do crime de um Estudo em Vermelho

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6) Apesar de não haver vestígio de sangue no cadáver, havia gotas vermelhas pingadas no chão. Sherlock presumiu que o sangue deveria pertencer ao assassino

7) Como as pegadas eram abundantes, o detetive concluiu que os dois homens andaram e conversaram pela sala

8) A disposição das gotas pelo chão indicava que o homem sangrava pelo nariz – a partir daí, Holmes deduziu que ele provavelmente tinha o rosto bastante vermelho

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A cena do crime de um Estudo em Vermelho

9) A palavra “rache” (“vingança” em alemão) estava escrita na parede com sangue e havia marcas de unha em volta dela

10) A letra “a” não foi escrita na forma latina, como um verdadeiro alemão escreveria, e sim na forma gótica. Portanto, o assassino não era um alemão – a palavra fora deixada para despistar

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11) Holmes soube que quem escreveu a palavra foi o assassino, pois o texto estava a cerca de 1,80 m do chão, o que reitera a altura do homem

A CONCLUSÃO

O motivo do crime acontecera anos antes nos EUA. A jovem Lucy Ferrier era apaixonada por Jefferson Hope. Porém, Enoch Drebber (o cadáver) decidiu desposá-la, sem dar escolha à moça. Jefferson e Lucy então decidiram fugir pelo deserto em uma determinada noite. Mas, durante a fuga, a moça foi sequestrada. O jovem precisou sobreviver no deserto e, quando finalmente conseguiu voltar à cidade, descobriu que Lucy havia se casado. Cerca de um mês depois, ela morreu de desgosto. Jefferson foi disfarçado ao funeral e conseguiu guardar sua aliança. Ele jurou vingança a Drebber e, durante anos, o seguiu em diversas viagens pelo mundo até que, finalmente, conseguiu encurralá-lo em Londres, onde fingiu ser motorista de carruagem e o levou até a casa vazia. Lá, deu-lhe veneno e, de quebra, escreveu a palavra “rache” na parede para despistar a polícia

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