Como surgiram a CIA e o FBI?
As duas agências respondem a órgãos diferentes nos EUA
Vamos começar pela CIA, sigla em inglês para Agência Central de Inteligência, principal órgão de informação do governo americano. Ela nasceu para suceder a OSS (sigla para Escritório de Serviços Estratégicos), uma agência de espionagem que funcionou apenas durante a Segunda Guerra Mundial. Antes da OSS, as atividades de informação nos Estados Unidos não tinham um controle central. No fim da guerra, com a extinção do órgão, o governo sentiu a necessidade de manter a centralização e, em setembro de 1947, criou a CIA. Até hoje ela tanto produz informações por conta própria, como coordena um enorme sistema de inteligência, que inclui outras agências. Já o FBI, sigla em inglês para Agência Federal de Investigação, tem uma história mais antiga.
“Foi o presidente Theodore Roosevelt que o criou, em 1908, para investigar suspeitos de corrupção, não só em relação ao Fisco, como também no sentido político, além de cuidar de negociatas com terras públicas no Oeste”, diz o historiador Antonio Pedro Tota, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Hoje, uma das responsabilidades oficiais do FBI é investigar crimes federais, como casos de seqüestro ou roubos de informações confidenciais do governo. Mas ele também pode atuar em defesa da segurança interna dos Estados Unidos, fazendo espionagem dentro do país, enquanto o trabalho da CIA é realizado no exterior. Essa distinção, porém, já foi desrespeitada diversas vezes, como no escândalo de Watergate, entre 1973 e 1974, quando a imprensa denunciou que ex-agentes da CIA espionavam cidadãos americanos dentro do país – o caso provocou a renúncia do então presidente americano Richard Nixon. Os episódios polêmicos envolvendo os dois órgãos não param por aí.
No começo da década de 70, um dos mais famosos diretores do FBI, John Edgar Hoover, foi acusado de obter informações comprometedoras sobre políticos americanos para chantageá-los. Mais recentemente, a CIA passou a ser criticada por não ter conseguido informações para evitar o atentado de 11 de setembro de 2001 em Nova York. Por isso, ela enfrenta uma profunda reformulação, que afetará não apenas sua estrutura e estratégia, como também seu relacionamento com outras agências dos Estados Unidos.
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NSC
O Conselho Nacional de Segurança assessora o presidente americano, que também preside o NSC. Os outros membros do conselho são o vice-presidente americano e os secretários de Estado e de Defesa
DEPARTAMENTO DE JUSTIÇA
É o equivalente ao Ministério da Justiça aqui no Brasil. A direção do FBI é subordinada diretamente ao secretário da Justiça dos Estados Unidos, o ministro deles
NSA
Apesar de pouco conhecida, a Agência Nacional de Segurança tem o maior orçamento entre as agências. Ela faz espionagem eletrônica, operando satélites, aviões de reconhecimento e postos de escuta em vários países
CIA
O diretor da CIA é um dos assessores do NSC. A agência faz recomendações sobre as atividades de inteligência das demais agências, avalia as informações coletadas e assegura que elas circulem dentro do governo
NFIB
O Comitê Nacional de Informações Estrangeiras é subordinado à CIA e produz um dossiê conhecido como Estimativa Nacional de Inteligência, contendo as melhores informações disponíveis em todo o governo sobre vários temas internacionais
OUTRAS AGÊNCIAS
Agência de Inteligência de Defesa
Serviço de Informações do Exército
Serviço da Marinha
Serviço da Força Aérea
Serviço do Departamento de Estado Unidade de Informações do Departamento de Energia
FBI
Possui uma Divisão de Inteligência e uma Divisão Criminal, que também tem ampliado seu envolvimento na área de informação e a colaboração com a CIA após a crescente luta contra o terrorismo