Desconto de até 39% OFF na assinatura digital
Continua após publicidade

E se Hitler tivesse vencido a 2ª Guerra Mundial?

Reinventamos os fatos e narramos como seria a guerra se Hitler tivesse vencido

Por Fabiano Onça e Tarso Araújo
Atualizado em 22 fev 2024, 10h24 - Publicado em 4 jul 2016, 18h15

1

A Segunda Guerra, que aconteceu entre 1939 e 1945 e colocou os Aliados (Reino Unido, França, União Soviética e EUA) contra o Eixo (Alemanha, Itália e Japão), foi o maior confronto que o mundo já viu. Foi a guerra mais sangrenta da história – cerca de 50 milhões de mortes! O desfecho da vida real, todos sabemos: a Alemanha nazista foi derrotada e o ditador Adolf Hitler se matou em um bunker em Berlim para não ser capturado.

Mas e se a história fosse diferente? Abaixo, reinventamos os fatos e narramos como seria a guerra se Hitler tivesse vencido. Fique ligado: os textos com fonte normal contam a história inventada, enquanto os textos com a legenda “Na Vida Real…” e em itálico narram o que aconteceu de verdade.

2

1) NEUTRALIDADE À FORÇA

No início da guerra, a Alemanha nazista teria partido sem dó para cima da Inglaterra. Além de evitar a retirada de Dunquerque, que poderia dar uma sobrevida ao Exército inglês, os alemães ainda teriam iniciado uma operação para invadir as ilhas britânicas. Pressionados, os ingleses não teriam outra saída: aceitariam um acordo político e seriam obrigados a permanecer neutros até o final da guerra

NA VIDA REAL… Hitler admirava a Inglaterra. De acordo com o historiador militar Liddel Hart, o ditador comparava a Inglaterra à Igreja Católica, dizendo que ambos ajudavam a estabilizar o mundo. Essa admiração fez com que Hitler hesitasse em ocasiões importantes contra os ingleses

Continua após a publicidade

2) VELOCIDADE MÁXIMA

Em maio de 1940, Hitler daria o primeiro grande passo para ganhar a guerra ao aceitar a sugestão do general Heinz Guderian. Ele sugeriu avançar com velocidade máxima sobre as forças aliadas que estavam na França. Os soldados ingleses seriam cercados em Dunquerque e não teriam tempo de fugir. Com o Exército detonado, a Inglaterra aceitaria um cessar-fogo com a Alemanha

NA VIDA REAL… Em 1940, a Alemanha invadia facilmente a França quando Hitler mandou brecar o avanço de seus tanques, com medo de um contra-ataque. Isso deu tempo para os ingleses, aliados da França, mandarem seu Exército de volta para a Inglaterra, na retirada de Dunquerque

3) UM INIMIGO A MENOS

Sem desrespeitar o pacto com Japão e Itália, a Alemanha optaria por ficar na dela quando os japoneses puxaram os EUA para a briga com o ataque a Pearl Harbor. Os americanos entrariam em guerra contra o Japão, mas não contra a Alemanha. Sem o apoio dos EUA, ingleses e franceses não teriam como retomar a Europa invadida, e Hitler concentraria suas forças contra os soviéticos

NA VIDA REAL… Itália, Alemanha e Japão fizeram um pacto: declarariam guerra contra qualquer país que atacasse um deles. Como foi o Japão que atacou os EUA, em 1941, a Alemanha não era obrigada a entrar em guerra com os americanos. Mas Hitler declarou guerra aos EUA dias depois

3

Continua após a publicidade

4) PESQUISAS BOMBANDO

Durante a Segunda Guerra, a Alemanha contaria com um dos maiores cérebros da ciência: Werner Heisenberg. Com ele à frente do projeto, os nazistas focariam todos os esforços tecnológicos na busca de obter a bomba atômica. Ao conseguir a bomba antes dos EUA, Hitler não teria dúvidas: arrasaria Moscou e forçaria a rendição imediata da União Soviética

NA VIDA REAL… Os EUA unificaram esforços para criar a bomba atômica. Já os alemães tinham equipes rivais, uma militar e outra civil, trabalhando em projetos separados. Em 1942, a Alemanha ainda preferiu focar as pesquisas em reatores nucleares para gerar energia, e não bombas

 

5) AMIGO-PROBLEMA

No início da guerra, Hitler teria tentado controlar os passos do aliado Mussolini. Mesmo assim, o ditador italiano bancaria a invasão da Grécia e se daria mal. Hitler não pensaria duas vezes: recusaria o pedido de ajuda imediata à Itália e seguiria com força total rumo à União Soviética. Sem perder tempo com os gregos, os alemães não enfrentariam o duro inverno russo e derrotariam Stálin

Continua após a publicidade

NA VIDA REAL… Ditador italiano, Mussolini era aliado de Hitler, mas vivia se encrencando. Em 1940, invadiu a Grécia, mas levou um contra-ataque dos gregos. Hitler decidiu ir em socorro de Mussolini e atrasou um decisivo ataque à União Soviética em quase um mês

6) HORA DE RECUAR

Hitler não poderia resistir à tentação: tomar Stalingrado, a cidade que levava o nome de um dos seus grandes rivais, o líder soviético Stálin. Mas, quando ele visse o exército alemão quase cercado e percebesse que aquela poderia ser uma das batalhas mais sangrentas da história, ordenaria a retirada da cidade. Dessa forma, o recuo não abalaria tanto a moral das tropas alemãs e ainda evitaria a perda de um exército

NA VIDA REAL… Em 1942, Hitler tentou tomar o sul da União Soviética,região rica em petróleo. Só que deu uma “desviadinha” para tomar a cidade de Stalingrado – hoje Volgogrado. Após seis meses de duros combates, os alemães sofreram sua primeira grande derrota na guerra

O MUNDO DEPOIS

Ao final do conflito mundial, duas potências dominariam o planeta: a Alemanha e os EUA. Nos 40 anos seguintes, países europeus enfrentariam níveis de pobreza africana, o Brasil entraria em guerra e a União Soviética sumiria do mapa!

7

Continua após a publicidade

Império Nazista Além da Áustria e da Polônia, a Alemanha anexaria ao seu território os países bálticos (Lituânia, Letônia e Estônia) e a parte europeia da Rússia

Parceiros do Eixo Os dois aliados de Hitler na guerra também estenderiam seus domínios: a Itália tomaria o norte da África e a Albânia, enquanto o Japão controlaria o Sudeste Asiático, um pedaço da Índia, a China e a Rússia Oriental

Ditadores Aliados Países como Espanha, França, Portugal, Finlândia, Hungria, Romênia e Bulgária teriam mantido ditaduras independentes, mas simpatizantes do império nazista

Fantoches do Império Países como Grécia, Tchecoslováquia, Iugoslávia, Noruega, Suécia, Irlanda e Turquia passariam a ser administrados por dirigentes escolhidos pelos alemães

CORTINA DO ATLÂNTICO
Nas primeiras décadas após a vitória nazista na Segunda Guerra, o mundo se dividiria em dois blocos. De um lado, os países sob influência dos EUA, que dominaria quase toda a América Latina. De outro, os países alinhados com a Alemanha, que manteria influência sobre toda a Europa e a maior parte da África e da Ásia. Separando os dois blocos, havia uma linha imaginária: a Cortina de Ferro do Atlântico

Continua após a publicidade

LONDRES, CIDADE DE ESPIÕES
A Inglaterra, que teria feito um pacto de não-agressão com os nazistas durante a guerra, penaria para se manter como um território neutro num mundo dividido entre Alemanha e EUA. Por conta disso, Londres acabaria sendo escolhida como a sede da ONU. Nos tempos da Guerra Fria, a cidade se transformaria na capital mundial da espionagem

OPRESSÃO CONTRA OS ESLAVOS
Hitler sempre considerou os eslavos povos inferiores. Assim, após vencer a guerra, condenaria à miséria total bolsões com populações eslavas na Polônia, Rússia, Ucrânia e Iugoslávia. Seus habitantes passariam a ser usados como burros de carga para trabalhos pesados. Acabariam se tornando países com péssima qualidade de vida, que lutariam para se reconstruir após o declínio do Império Nazista

6

BRASIL X ARGENTINA
A rivalidade entre os dois países ultrapassaria (e muito!) os níveis de hoje. Durante a guerra, a Argentina teria meio que “paquerado” os nazistas. Com a vitória de Hitler, os hermanos virariam o maior aliado da Alemanha na América do Sul. A rivalidade com o Brasil, alinhado com os EUA, cresceria a cada dia… O conflito inevitável entre os dois países estouraria na década de 1950. Tropas americanas e nazistas, disfarçadas de consultores, entrariam na briga para reforçar seu lado. Após alguns anos de batalhas na fronteira, surgiria um cessar-fogo, mas a paz definitiva entre os dois países jamais seria assinada. Dessa forma, a região da Tríplice Fronteira (entre Brasil, Argentina e Paraguai) se tornaria uma zona desmilitarizada, coberta de minas e arame farpado. É uma situação parecida com a das duas Coreias no pós-guerra da vida real

5

GUERRA FRIA
Americanos e alemães não se atacariam diretamente após a Segunda Guerra, mas se envolveriam na chamada Guerra Fria. Uma das características dessa guerra indireta seriam os conflitos regionais entre aliados das duas potências. EUA e Alemanha financiariam vários países em brigas regionais para tentar expandir sua influência. Essa disputa não demoraria a atingir a América do Sul, gerando o conflito entre Brasil e Argentina

POVO SEM PAÍS
Exterminados durante a Segunda Guerra, os judeus sumiriam da Europa. Os que pudessem, teriam se refugiado principalmente nos EUA. Lá, seriam criadas redes clandestinas de defesa dos judeus e alguns grupos passariam a cometer atentados à bomba nos territórios dominados pelos nazistas. Os mais radicais não se importariam de atingir alvos civis na luta pela criação de um Estado judeu

O FIM DO IMPÉRIO

No final da década de 1980, a Alemanha nazista começaria a desmoronar

Não seriam os EUA que acabariam com o Império Nazista após 40 anos de pesadelo para o mundo. A Alemanha desmoronaria por dentro mesmo. Enquanto Hitler estivesse vivo, seus principais braços direitos – Goebbels (ministro da Propaganda), Goering (líder da Força Aérea) e Himmler (chefe da polícia secreta) – manteriam uma “paz armada”. Porém, após a morte natural do ditador, no final da década de 1970, o pau comeria solto entre as diferentes facções interessadas em comandar o Império Nazista. A disputa pelo poder iria enfraquecer a Alemanha gradualmente e estimular os povos e países oprimidos a se libertarem. Tudo, é claro, com o apoio por baixo dos panos dos EUA. No final da década de 1980, com o Império Nazista desfeito, os americanos posariam como os grandes vencedores da Guerra Fria

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 6,00/mês

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 14,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.