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Mulheres que mudaram a história: Anita Garibaldi

Ela trocou a rotina de dona de casa por uma vida de lutas. Pegou em armas no Brasil, no Uruguai e na Itália, onde é considerada uma heroína

Por Tiago Cordeiro
Atualizado em 22 fev 2024, 10h06 - Publicado em 5 mar 2018, 17h42
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  • O que foi: Revolucionária
    Onde viveu: Brasil e Itália
    Quando nasceu e morreu: 1821-1849

    Anita  pegou em armas em três países diferentes. Seu mausoléu está em Roma, onde é tratada como uma das heroínas que se sacrificaram para que a Itália se tornasse um país unificado. De fato, ela morreu com apenas 27 anos, enquanto fugia de tropas austríacas, grávida pela quinta vez.

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    A vida de Anita foi transformada em julho de 1839. Terceira de dez crianças, ela tinha 18 anos e estava casada desde os 14 com o sapateiro Manuel Duarte de Aguiar. Não tinha filhos e vivia com a mãe desde que Manuel partira para se alistar no Exército do Império brasileiro.

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    INSOLÊNCIA MAGNÉTICA

    Em 1839, Giuseppe Garibaldi, então com 32 anos, surgiu na cozinha da casa da moça na cidade de Laguna, Santa Catarina. Falava mal o português, mas se fez entender. “A saudei finalmente e lhe disse: `Tu deves ser minha!¿”, escreveu em suas memórias. “Fui magnético na minha insolência.”

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    Poucas semanas depois, a jovem, até então conhecida como Ana Maria de Jesus Ribeiro, decidiu largar tudo e partir com Giuseppe. Foi uma lua de mel diferente: o casal seguiu atacando navios brasileiros. Seu novo marido estava ao lado dos farroupilhas, os rebeldes gaúchos que, em 1836, haviam fundado uma república independente.

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    Na batalha naval de Laguna, ela usou um pequeno barco para transportar munição no meio do fogo cruzado. Na batalha de Curitibanos, acabou prisioneira, mas conseguiu escapar e encontrou o marido em Vacaria, no Rio Grande do Sul.

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    Meses depois, na cidade de Mostardas, teve que fugir de uma tropa imperial. Escapou seminua, com um filho de 12 dias no colo.

    Em 1841, Garibaldi seguiu para apoiar a causa dos uruguaios, que lutavam contra uma invasão argentina. Ele lutava acompanhado de italianos conhecidos por suas camisas vermelhas. Quando eles começaram a voltar para casa, o casal sentiu que era hora de viajar para a Europa.

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    FIM DRAMÁTICO

    Anita seguiu na frente com as crianças, em 1848. Ficou instalada em Nice, na França, com a sogra. “Giuseppe, que estava longe de sua terra natal desde 1834, foi recebido com honras e ganhou homens e armas.

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    Garibaldi morreria em 1882, numa Itália unida. Mas, 33 anos antes, a situação era bem mais difícil. Em 1849, o casal teve que fugir de tropas francesas e austríacas que tentavam tomar Roma. Doente, possivelmente de malária, Anita não resistiu aos anos de alimentação ruim, ferimentos de guerra e noites maldormidas ao relento.

    Faleceu em Ravena, junto com o bebê que carregava na barriga. O marido não pôde acompanhar o enterro. Teve que fugir correndo para continuar a luta.

    Dica de série – Em A Casa das Sete Mulheres, de 2003, Giovanna Antonelli vive Anita e Thiago Lacerda, Garibaldi.

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