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Mulheres que mudaram a história: Rainha Vitória da Inglaterra

A monarca da Inglaterra governou o império mais poderoso da época. E ainda popularizou o casamento com véu e grinalda e o parto com anestesia

Por Tiago Cordeiro
Atualizado em 22 fev 2024, 10h07 - Publicado em 2 mar 2018, 12h50

O que foi: Rainha
Onde viveu: Inglaterra
Quando nasceu e morreu: 1819-1901

O sol nunca se punha no reino de Vitória. O Império Britânico do século 19 começava na Nova Zelândia e se estendia até o Canadá (até 1866), passando pela Índia, pelo Egito, pela Nigéria e pela Guiana. No auge, chegou a controlar mais de 20% das terras e mais de 20% da população do planeta.

Fazia séculos que a Inglaterra tinha uma economia fortíssima, tecnologia de ponta, uma marinha quase imbatível e primeiros-ministros que cuidavam do dia a dia. Mas Vitória personificou uma era de glória. Sua conduta impecável e suas aparições públicas cuidadosas consolidaram a imagem que a monarquia britânica tem até hoje.

AVÓ DA EUROPA

Vitória era apenas a quarta pessoa na linha de sucessão, depois dos três irmãos de seu pai, que faleceu quando ela tinha menos de 1 ano. Dois perderam a vida durante sua infância. Logo depois de ela completar 18 anos, o terceiro morreu.

Nascida Alexandrina Vitória, ela pediu para retirar o primeiro nome. Foi consagrada rainha em 28 de junho de 1838. Em 1840, alcançou seu desejo de casar com seu primo Albert.

“É extremamente bonito; seus olhos são largos e azuis e ele tem um nariz lindo e uma boca muito doce”, ela escreveu sobre ele em seus diários, logo depois do primeiro contato.

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A monarca era apaixonada pelo marido. Detestava ficar grávida e não tinha muita pa-ciência com os filhos – foram nove, nascidos entre 1840 e 1857. Casou seus descendentes com as dinastias reais mais relevantes do continente, e por isso ficou conhecida como “avó da Europa”. Seu neto Guilherme 2º, por exemplo, foi rei da Alemanha.

FIGURA INOVADORA

Para o casamento com Albert, Vitória revolucionou a cerimônia. Escolheu um vestido branco, coberto por véu e grinalda. Nada disso era corriqueiro entre as noivas. Para casar uma de suas filhas, encomendou uma música ao compositor Felix Mendelssohn. O resultado é até hoje conhecido como Marcha Nupcial.

A rainha sofreria um baque violento com a morte do marido em 1861. Passaria anos deprimida, desinteressada das questões políticas. A apatia chegou a ser usada pelo movimento que pedia o fim da monarquia.

Mas Vitória retomou as atividades públicas. As celebrações de seus jubileus de 50 e de 60 anos de reinado foram acontecimentos marcantes – na festa dos 50 anos, por exemplo, presidiu um banquete para 50 reis, rainhas e príncipes.

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Ela também ajudou a divulgar uma técnica recém-criada, que amenizava as dores do parto. A anestesia já vinha sendo testada, em diferentes situações, mas ficou muito popular depois que a rainha deu à luz seu oitavo filho, Leopoldo, sob efeito de clorofórmio e com a supervisão do médico John Snow.

Vitória governou por 63 anos. Antes mesmo de sua morte, os historiadores já chamavam o século 19 inglês de Era Vitoriana.

Dica de série – Jenna Coleman interpreta a rainha na série Victoria, que está entrando na segunda temporada.

SEUS MAIORES ACERTOS

  • Fez diplomacia – Antes de ela ir à França, nenhum monarca inglês visitava o país desde 1520. O gesto melhorou a relação entre os dois países
  • Restaurou a monarquia – Seus tios haviam deixado a coroa com fama de decadente e perdulária. Ela reconstruiu a imagem de dignidade e seriedade da família real
  • Sobreviveu a atentados – Foi alvo de tiros diversas vezes. Em uma delas, voltou ao local para se expor novamente e ajudar a polícia a capturar o atirador
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SEUS MAIORES FRACASSOS

  • Começou mal – Recém-coroada, Vitória acusou uma assistente de sua mãe de estar grávida. Ela tinha câncer e morreu. A rainha ficou mal vista
  • Alimentou boatos – Ela deu margem a críticas (como a de não ter ajudado a Irlanda em crise) e a boatos (como o de que era amante do amigo John Brown)
  • Maltratou a mãe – Após anos de uma criação rígida, a rainha isolou sua mãe, também chamada Vitória. Depois que ela morreu, mostrou-se arrependida

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