Assine SUPER por R$2,00/semana
Continua após publicidade

O que é obsolescência programada?

Trata-se de uma estratégia de empresas que programam o tempo de vida útil de seus produtos para que durem menos do que a tecnologia permite

Por Diego Garcia
Atualizado em 22 fev 2024, 10h39 - Publicado em 1 ago 2014, 19h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • ILUSTRA Pedro Piccinini

    Publicidade

    PERGUNTA Pedro Carvalho Couto Amorim, Montes Claros, MG

    Publicidade

    Trata-se de uma estratégia de empresas que programam o tempo de vida útil de seus produtos para que durem menos do que a tecnologia permite. Assim, eles se tornam ultrapassados em pouco tempo, motivando o consumidor a comprar um novo modelo. Os casos mais comuns ocorrem com eletrônicos, eletrodomésticos e automóveis. É algo relativamente novo: até a década de 20, as empresas desenhavam seus produtos para que durassem o máximo possível. A crise econômica de 1929 e a explosão do consumo em massa nos anos 50 mudaram a mentalidade e consagraram essa tática. Descubra como essa estratégia “secreta” dos fabricantes estimula consumo desenfreado.

    1) Vida breve

    Publicidade

    Atualmente, a principal justificativa das empresas para criar novos modelos de um produto é o avanço da tecnologia. Mas há quem duvide dessa explicação. O iPad 4 foi lançado apenas sete meses após o 3, por exemplo. Será que houve mesmo tantos progressos em tão pouco tempo? Uma ONG brasileira ligada aos direitos do consumidor chegou a processar a Apple

    2) Impacto ambiental

    Publicidade

    A troca regular de produtos aumenta a produção de lixo. E o lixo eletrônico contém metais pesados que podem contaminar o ambiente. Além disso, a obsolescência programada estimula a produção, o que gera mais gastos de energia e de matérias-primas, além da emissão de poluentes. Antes de trocar seu celular, pense bem: você realmente precisa de outro, só porque é novo? (Um designer holandês planeja lançar um celular modular: você só troca as partes que precisam ser atualizadas. Confira em phonebloks.com)

    Continua após a publicidade

    3) Na pista pra negócio

    Publicidade

    Hoje, há duas versões do fenômeno. Uma delas é a obsolescência percebida: o consumidor considera o produto que tem em casa “velho” porque novos modelos são lançados a toda hora. Você notou que, mesmo no início de 2015, já era possível comprar um carro versão 2016? Isso desvaloriza modelos anteriores e estimula a troca, mesmo que o veículo de 2015 ainda funcione bem

    + Teoria da Conspiração: as petrolíferas sabotaram o carro elétrico?

    Publicidade

    + Como funciona um telefone celular?

    4) Uma ideia “brilhante”

    O primeiro caso de obsolescência programada registrado é da década de 1920, quando fabricantes de lâmpadas da Europa e dos EUA decidiram, em comum acordo, diminuir a durabilidade de seus produtos de 2,5 mil horas de uso para apenas mil. Assim, as pessoas seriam forçadas a comprar o triplo de quantidade de lâmpadas para suprir a mesma necessidade de luz

    Continua após a publicidade

    5) Contagem regressiva

    Outro tipo atual de obsolescência, a funcional, ocorre quando o produto tem sua vida útil abreviada de propósito. O documentário The Light Bulb Conspiracy traz o exemplo de um consumidor dos EUA cuja impressora parou de funcionar – e consertá-la sairia mais caro que comprar uma nova. Ele descobriu que o fabricante incluía um chip que causava a pane após certo número de impressões

    + E se Steve Jobs não tivesse existido?

    + Por que em algumas cidades a tensão é de 110 volts e em outras é de 220 volts?

    Teoria da conspiração?

    Para alguns, fenômeno não existe

    Alguns especialistas refutam a existência da obsolescência programada. Para eles, os bens de consumo se tornam ultrapassados rapidamente pelo avanço da tecnologia – que dá saltos cada vez maiores. “Foi o caso dos primeiros computadores fabricados em grande escala. Os modelos 1.86 nem chegaram a existir, pois já estava em produção o modelo 2.86”, afirma o doutor em marketing Marcos Cortez Campomar, da USP

    Continua após a publicidade

    CONSULTORIA João Paulo Amaral, pesquisador do Instituto Brasileiro de Defesa ao Consumidor (Idec), Gisele da Silva Bonfim, bióloga, e Claudia Marques Rosa, bióloga

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 12,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.