PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana

Quais autores e compositores já usaram pseudônimos? Por quê?

Esse é um recurso comum entre artistas que precisam, por exemplo, se proteger de perseguições políticas graças ao conteúdo de suas obras.

Por Daniela Fescina
Atualizado em 22 fev 2024, 10h23 - Publicado em 1 ago 2016, 14h55
Dom Pedro I
(Fernanda Manzano/Mundo Estranho)

Vários. Esse é um recurso comum entre artistas que precisam, por exemplo, se proteger de perseguições políticas graças ao conteúdo de suas obras. Outros querem testar um novo estilo literário ou temático.

E há ainda autores famosos que desejam que uma nova obra não seja comparada com seus trabalhos anteriores. Foi o caso de J.K. Rowling, a criadora de Harry Potter, ao lançar o livro adulto O Chamado do Cuco sob o pseudônimo Robert Galbraith. A “farsa”, porém, foi descoberta por um jornalista do periódico britânico The Daily Telegraph. O livro chegou às prateleiras brasileiras em novembro de 2013.

Até dom Pedro I teve um! Ele respondia a seus detratores na imprensa sob os nomes de Aristarco, Duente ou Inimigo dos Marotos. Confira outros casos curiosos.

JK Rowling
(Fernanda Manzano/Mundo Estranho)

Feitiço de transfiguração

AUTORA J.K. Rowling

PSEUDÔNIMO Robert Galbraith

Continua após a publicidade

A criadora de Harry Potter queria saber se o romance O Chamado do Cuco poderia ser um sucesso devido a seus méritos literários. Rowling diz que a inspiração do pseudônimo veio do senador dos EUA Robert Kennedy (1925-1968), um de seus ídolos, e do sobrenome que ela desejava ter quando era criança.

Nelson Rodrigues
(Fernanda Manzano/Mundo Estranho)

A vida como ela não é

AUTOR Nelson Rodrigues

PSEUDÔNIMO Suzana Flag

O cronista polêmico pernambucano quis provar que podia fazer algo menos pesado e voltado para outro público. O romance Meu Destino É Pecar, publicado em forma de folhetim em um jornal, sob o pseudônimo Suzana Flag, lhe rendeu até um pedido de casamento feito, via carta, por um presidiário!

Continua após a publicidade

 

 

Stephen King
(Fernanda Manzano/Mundo Estranho)

Autoconcorrência

AUTOR Stephen King

PSEUDÔNIMO Richard Bachman

O autor de clássicos do terror, como O Iluminado, achou melhor mudar de nome quando criou dramas com zero teor sobrenatural. Seus editores também influenciaram na decisão: segundo eles, não era bom negócio encher o mercado com vários livros de um único autor no mesmo ano.

Agatha Christie
(Fernanda Manzano/Mundo Estranho)
Continua após a publicidade

Cadê o sangue?

AUTORA Agatha Christie

PSEUDÔNIMO Mary Westmacott

Imagine só a “rainha do crime” publicar um livro sem nenhum suspense? Heresia! Foi por isso que Agatha criou outra assinatura. Assim, escreveu seis romances de época, introvertidos, sem assassinatos, focados em conflitos e emoções. A primeira dessas obras foi lançada em 1930 e a última em 1956.

Machado de Assis
(Fernanda Manzano/Mundo Estranho)

Um para cada ocasião

AUTOR Machado de Assis

Continua após a publicidade

PSEUDÔNIMO Dr. Semana, Boas Noites e Bruxo do Cosme Velho

O gênio da literatura brasileira queria liberdade para poder criticar fazendeiros poderosos, defender o fim da escravidão e analisar os costumes da época. A lista de alternativas era imensa: desde a óbvia abreviação MA até nomes como Job, Platão, Manassés, Eleazar e Malvolino.

Fabio Jr
(Fernanda Manzano/Mundo Estranho)

“Dom létime crai”

COMPOSITOR Fabio Jr.

PSEUDÔNIMO Mark Davis

Continua após a publicidade

Nos anos 70, era comum cantores nacionais usarem pseudônimosestrangeiros e interpretarem músicas em outras línguas. O galã entrou na onda e fez sucesso com a melosa faixa “Don’t Let Me Cry”, composta por Pete Dunaway e George Baby. Detalhe: ele não sabia falar inglês. Só decorava a música foneticamente.

Di Cavalcanti
(Fernanda Manzano/Mundo Estranho)

Politicamente incorreto

ARTISTA Di Cavalcanti

PSEUDÔNIMO Urbano

O artista, um dos idealizadores da Semana de Arte Moderna de 1922, retratava a sociedade brasileira em seus quadros. Mas ele também era cartunista e, nesse trabalho, seu alvo era outro: a política! Para se proteger, ele assinava essas ilustrações como Urbano.

Chico Buarque
(Fernanda Manzano/Mundo Estranho)

Dupla personalidade

COMPOSITOR Chico Buarque

PSEUDÔNIMO Julinho da Adelaide

Cansado de ter suas canções barradas pela censura da ditadura militar nos anos 70, Chico assumiu esse outro nome e lançou músicas que fizeram muito sucesso, como “Jorge Maravilha” e “Acorda Amor”. Ele até deu uma entrevista para o jornal Última Hora como se fosse Julinho – e ainda falou mal de Chico!

Anne Rice
(Fernanda Manzano/Mundo Estranho)

Safadeza oculta

AUTORA Anne Rice

PSEUDÔNIMO Anne Rampling e A.N. Roquelaure

A escritora de Entrevista com o Vampiro usou Anne Rampling em romances comerciais e A.N. Roquelaure na trilogia erótica Os Desejos da Bela Adormecida, na qual ela conta a história da princesa com toques de sadomasoquismo. Anne bolou seus primeiros contos eróticos aos 20 anos.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.