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Qual a diferença entre vale-tudo, Ultimate Fighting e Pride?

Vale-tudo é um esporte de combate em que, como o próprio nome entrega, a pancadaria corre solta. No vale-tudo, qualquer modalidade de luta é aceita, da capoeira ao jiu-jítsu, passando pelo boxe, caratê, kickboxing, muay thai, luta livre e outras artes marciais. Já Ultimate Fighting (na verdade, Ultimate Fighting Championship ou UFC) e Pride são […]

Por Redação Mundo Estranho
Atualizado em 22 fev 2024, 11h16 - Publicado em 18 abr 2011, 18h48
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  • Vale-tudo é um esporte de combate em que, como o próprio nome entrega, a pancadaria corre solta. No vale-tudo, qualquer modalidade de luta é aceita, da capoeira ao jiu-jítsu, passando pelo boxe, caratê, kickboxing, muay thai, luta livre e outras artes marciais. Já Ultimate Fighting (na verdade, Ultimate Fighting Championship ou UFC) e Pride são os dois maiores campeonatos mundiais desse tipo de esporte. As principais diferenças entre eles a gente detona no quadro da página ao lado – para montar esse tabelão, contamos com os golpes certeiros dos brothers da revista Tatame, especializada em vale-tudo. Pelo menos nas regras da disputa, Pride e UFC se equivalem: seus participantes estão liberados para socar, chutar e agarrar o adversário. Mas o UFC era beeem mais animalesco: nas primeiras edições, os lutadores não eram separados por peso e não havia limite de tempo para a luta – o combate só terminava com um nocaute ou se um dos lutadores desistisse. Hoje, a coisa é um pouco mais organizada: os lutadores usam luvas, são examinados por médicos para avaliar suas condições nos intervalos entre os rounds e foram criadas categorias de pesos. E tanto o UFC quanto o Pride proíbem os golpes mais cruéis. A história do vale-tudo começa na década de 1940, adivinha onde? No Brasil! No Rio de Janeiro, os irmãos Hélio e Carlos Gracie percorriam as academias desafiando lutadores de qualquer modalidade para provar que o jiu-jítsu era a mais eficiente das artes marciais. Esses desafios ficaram conhecidos como “vale-tudo” – daí vem o nome popular do esporte. Com a profissionalização, ele ganhou um nome internacional mais ameno: mixed martial arts ou MMA (algo como “mistura das artes marciais”). No final dos anos 1980, o filho mais velho de Hélio, Rorion Grace, mudou para os Estados Unidos. Junto com executivos de televisão, ele criou o UFC, torneio que abriu os olhos do mundo para o vale-tudo. O UFC carregou o cinturão de principal campeonato do esporte até 1997, quando um grupo de empresários japoneses organizou a primeira edição do Pride. Hoje, os dois torneios lutam pau a pau pela preferência dos fãs, mas o Pride está um soco à frente, concentrando os melhores lutadores. Na terra dos samurais, cada combatente leva até 500 mil dólares por uma única luta, enquanto o UFC paga “só” 200 mil.

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    https://www.ufc.tv

    https://www.pridefc.com

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    Uma porrada de semelhanças
    Principais torneios de vale-tudo no mundo, UFC e Pride têm regras parecidas – e pancadaria pra valer

    UFC

    QUANDO FOI CRIADO – 1993

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    ONDE É DISPUTADO – Estados Unidos

    NÚMERO DE EDIÇÕES – 52

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    PRÓXIMA EDIÇÃO – Sem data definida. O UFC 52 ocorreu em 16 de abril

    NÚMERO DE PARTICIPANTES – Em média, são 16 a cada edição, escolhidos entre 139 atletas ranqueados

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    CATEGORIAS – Leve (de 65,6 a 70,2 kg), meio-médio (de 70,2 a 77 kg), médio (de 77 a 83,8 kg), meio-pesado (de 83,8 a 92,8 kg) e pesado (de 92,8 a 120 kg)

    MODO DE DISPUTA – Nas primeiras edições, o UFC era disputado na forma de torneio eliminatório, com quartas-de-final, semifinal e final. O lutador que mandasse três adversários para a lona ganhava o cinturão. Hoje, cada edição reúne em média dez combatentes, que lutam só uma vez. Alguns combates valem o título, outros apenas posições no ranking

    O QUE NÃO PODE – As regras limitam cerca de 30 golpes. São proibidas as agressões mais pesadas, como mordidas, puxões de cabelo, pancadas na nuca, dedo no olho ou em outro orifício

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    DURAÇÃO DO COMBATE – Três rounds de cinco minutos

    QUANDO A LUTA ACABA – Em nocautes ou quando um dos dois lutadores desiste. Se ninguém cair até o fim, os jurados decidem o vencedor por pontos

    RINGUE – É o octagon (“octógono”), uma jaula de oito lados cercada por grades

    QUEM SE DÁ BEM – Os chamados wrestlers — lutadores de wrestling, esporte conhecido no Brasil como luta olímpica. Eles são especialistas em derrubar e amassar os oponentes nas grades do octagon para que possam golpeá-los

    MAIOR CAMPEÃO – Royce Gracie – O brasileiro foi campeão de três das quatro primeiras edições do UFC — em duas delas, ele arregaçou três adversários na mesma noite! Usando a imobilização, marca registrada do jiu-jítsu brasileiro, Royce mandou para a lona oponentes até 50 quilos mais pesados

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    UMA LUTA INESQUECÍVEL – Vitor Belfort x Wanderlei – Silva No embate histórico de 16 de outubro de 98, Vitor (na foto, à esq.) aplicou um nocaute relâmpago aos 44 segundos do primeiro round. Depois da surra, ele conquistou o cinturão do UFC daquele ano. Já Wanderlei, apesar de derrotado, migrou para o Pride e tornou-se o maior nome do evento

    PRIDE

    QUANDO FOI CRIADO – 1997

    ONDE É DISPUTADO – Japão

    NÚMERO DE EDIÇÕES – 27 do Pride e 3 do Pride Grand Prix (PGP), um torneio especial criado em 2000

    PRÓXIMA EDIÇÃO – A primeira rodada do PGP 4 rolou em 23 de abril

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    NÚMERO DE PARTICIPANTES – Em média, são 16 a cada edição, escolhidos entre dezenas de atletas ranqueados

    CATEGORIAS – Bushido (lutadores mais leves, até 83 kg), peso médio (até 93 kg) e peso pesado (acima de 93 kg)

    MODO DE DISPUTA – No Pride, a disputa é igual à do UFC, com lutadores se enfrentando uma única vez em combates por posições no ranking ou valendo o título. No Pride Grand Prix, os combatentes se enfrentam em sistema de eliminatória, com quartas-de-final, semifinal e final. Quem ganhar as três vence o torneio e pode desafiar o lutador mais bem ranqueado na categoria

    O QUE NÃO PODE – Todas as proibições do UFC, com duas diferenças: o Pride não permite cotoveladas (no UFC, tá liberado), mas autoriza chutes e pisões enquanto o adversário está no chão — isso não pode no UFC

    DURAÇÃO DO COMBATE – Três rounds, o primeiro com 10 minutos e os demais com 5 minutos

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    QUANDO A LUTA ACABA – Em nocautes ou quando um dos dois lutadores desiste, batendo três vezes com a mão no chão. Se ninguém cair, os jurados decidem o vencedor

    RINGUE – É parecido com o do boxe. A principal diferença é que o ringue do Pride tem uma corda a mais

    QUEM SE DÁ BEM – Lutadores versáteis, que saibam lutar de pé e no chão. No Pride, a luta é menos “rasteira” que no UFC. Quando um dos adversários sente que vai ser imobilizado no chão, foge para as cordas e sai do ringue. O combate, então, é interrompido e recomeça com os dois de pé

    MAIOR CAMPEÃO – Wanderlei Silva – Esse brasileiro bom de briga ficou invicto por quatro anos e venceu 27 lutas, perdendo apenas 4 e empatando uma. É adepto do muay thai, o kickboxing tailandês. É ídolo no Japão, onde inspirou até bonecos e jogos de videogame

    UMA LUTA INESQUECÍVEL – Bob Sapp x Rodrigo Minotauro – Em 28 de agosto de 2002, o brasileiro Minotauro (na foto, em primeiro plano) estava apanhando de Sapp, um gigante de 2,15 metros e 60 quilos mais pesado que o brazuca. Mas Minotauro cansou o adversário e, no final da luta, encaixou uma chave de braço perfeita, obrigando o brutamontes a pedir água

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