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Qual a origem das regras de etiqueta à mesa?

As regras parecem arbitrárias, mas elas têm uma razão - e uma origem que as explica. Aprenda a usar os diferentes pratos, talheres e copos

Por Olívia Fraga
Atualizado em 14 fev 2020, 17h45 - Publicado em 24 Maio 2013, 15h43
(Bernardo França/Mundo Estranho)

Desde a era dos faraós egípcios até o Império Romano, os poderosos exigiam regras de tratamento que os diferenciassem dos escravos e dos pobres. Assim teria surgido o conceito da “etiqueta”, um costume que ganhou força na corte francesa de Luís XIV.

O termo teria aparecido nessa época, quando era comum “etiquetar” (identificar) os visitantes de acordo com o sobrenome e o título de nobreza. Há também os que defendem que “étiquette”, em francês, vem de “ethos” (“ética”, em grego) – um sinônimo de respeito e reflexão sobre os pequenos atos cotidianos. Mas foi só no século 15, durante a Renascença, que as regras foram colocadas em prática para separar os nobres “legítimos” dos recém-enriquecidos burgueses.

A) Boca santa
Na Antiguidade, o sommelière provava todos os alimentos da realeza para checar se não havia veneno. O título vem da palavra em provençal antigo para “encarregado” – aquele que despachava mercadorias. Hoje, está mais ligado aos vinhos. Ele deve servir primeiro as mulheres e depois os homens, a partir do mais velho. Quem escolheu o vinho é sempre o último.

B) Lenço antissujeira
A origem do guardanapo é incerta, mas acredita-se que foi criado por Leonardo da Vinci no século 15, época em que era serviçal de cozinha. A ideia era utilizá-lo no colo para não sujar os trajes – e o costume persiste até hoje. Use-o para limpar a boca entre uma garfada e a bebida e, quando se levantar, coloque-o de volta à mesa, do lado esquerdo.

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C) Cura-canhoto
Os talheres ficam enfileirados – garfos à esquerda, facas à direita. Se há vários deles, é sinal de que a refeição terá muitas fases (entrada, prato principal etc.). Comece a usá-los de fora para dentro, em relação ao prato. O costume surgiu como forma de obrigar todos a serem destros, já que, até o século 19, o canhoto não era bem-visto pela sociedade.

O garfo foi introduzindo na França em 1540 por Catarina de Médici e se tornou um sucesso por diferenciar ricos de pobres, que comiam com a mão. A colher surgiu há mais de 20 mil anos. Na mesa, basta uma de sopa (primeiro prato a ser servido). Ela fica ao lado das facas. Por fim, a faca deve ser usada com a mão direita. A maior, com serra, é usada para o prato principal (geralmente, carne). A pequena é para peixes.

D) A forma define a função
A fileira de copos à mesa surgiu no início do século 20 com uma família de vidreiros, a Riedel. Eles aperfeiçoaram seus produtos segundo certas características. As taças menores mantêm o frescor de líquidos frios, por exemplo. Nos copos de fundo curvo, dá para sentir melhor os aromas, já que a bebida cai com mais leveza e preenche a taça em circunferência.

EM PRATOS LIMPOS
Uso de diferentes louças é um hábito russo

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Até o século 19, a comida era servida de uma só vez, demonstrando fartura. Mas o alimento perdia temperatura à mesa. Em 1810, um príncipe russo apresentou à corte francesa o serviço com um prato por vez. A ideia foi consolidada pelo grande cozinheiro Carême, em 1833, servidor dos imperadores e até de Napoleão. Confira os diferentes tipos de louças:

1) De pão: Também conhecido como prato de manteiga ou sobremesa, é nele que se serve o pão
2) Sousplat: Grande e raso, para proteção e decoração
3) Raso: Para a refeição principal (carnes, peixes, massas e saladas)
4) Fundo: Para sopas e massas recheadas com molho

OGRO SOB CONTROLE
Mais dicas para fazer bonito num jantar chique

– Só comece a comer quando todos estiverem servidos
– Não fale alto nem gesticule demais
– Não coloque os cotovelos na mesa
– Ao terminar, coloque os talheres sobre o prato, à direita, com a serra da faca apontando para dentro e o garfo virado para baixo
– Não empurre o prato
– Não palite os dentes

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CONSULTORIA Fabio Arruda, consultor de etiqueta, Helena Mattar, sommelière do restaurante Vito, e Antonio Edmilson Martins Rodrigues, professor de história da PUC-Rio

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