Se o uso for correto, seguindo as instruções indicadas, a segurança das duas é muito semelhante. A camisinha masculina é feita de látex (borracha), oferece uma boa proteção contra a aids e outras doenças transmitidas pelo sexo (DSTs) e também evita uma gravidez indesejada. Para que a prevenção seja mais eficaz, o preservativo dever ter selo de garantia do Inmetro (que atesta a qualidade do produto) e ser guardado em local fresco e protegido do sol – portanto, nada de deixá-lo vários dias dentro do carro! A embalagem também não deve ficar muito tempo na carteira, o que pode danificar o material.
Coloque a camisinha desde o início da relação sexual – nada de “brincar um pouquinho” antes – e, na hora de abrir o pacote, cuidado para que unhas ou dentes não estraguem a borracha. Assim que acontecer a ejaculação, a camisinha deve ser tirada para evitar vazamentos.
O preservativo feminino, por sua vez, é feito de um plástico resistente (poliuretano), que tem pouco risco de se romper. Pode ser uma opção muita boa para quem tem alergia ao látex da versão masculina (cerca de 1% da população), mas leva a desvantagem de ter um preço cerca de três vezes maior.
A colocação da camisinha feminina (também na hora em que vai começar a relação) pode demorar um pouco mais e é uma boa a mulher “ensaiar” sozinha, seguindo as orientações de uma enfermeira ou de um ginecologista. Um pedaço do preservativo fica para fora da vagina, cobrindo os grandes lábios e evitando o contato direto com o pênis. Também é importante prestar atenção se o pênis está entrando mesmo na camisinha e na hora de mudar de posição.
Relativamente novo no Brasil, o preservativo feminino tem tido uma aceitação razoável. Mas só mesmo testando os dois métodos o casal vai poder saber com qual deles se sente melhor.
* Jairo Bouer é médico psiquiatra e estudioso da sexualidade humana