É impossível definir um campeão. Um parasita é qualquer criatura que precisa se associar a outra para sobreviver, incluindo vírus, bactérias e insetos.
A periculosidade depende de uma série de fatores: em que região rola a infestação (alguns são endêmicos, ou seja, subsistem por anos em populações em locais mais isolados), se a doença é facilmente detectável e se já existe tratamento para o problema, entre outros.
Por exemplo: na Idade Média, a peste negra matou 75 milhões de pessoas. O vírus não mudou, mas, hoje, a medicina já conseguiria impedir mortes em massa se houvesse uma nova onda de infecções.
HÓSPEDES MALDITOS
Conheça os invasores de humanos com as maiores taxas de mortalidade
SETE DIAS E JÁ ERA
ESPÉCIE – Naegleria fowleri
MORTALIDADE – 98%
Esta ameba vive em águas paradas de países asiáticos com temperaturas acima dos 40 oC, como a China. Basta ingerir um pouco da água contaminada e tchau: ela devora o cérebro da vítima, matando em menos de uma semana.
MIOLO MOLE
ESPÉCIES – Baleamuthia mandrillaris
MORTALIDADE – 95%
Esta ameba aquática invade o organismo ao ser ingerida ou ao entrar em contato com feridas abertas. Uma vez na corrente sanguínea, causa encefalite granulomatosa ameboica, uma doença que inutiliza o cérebro da vítima em questão de dias. É comum na África Subsaariana.
PAPA-CÉREBRO
ESPÉCIE – Taenia sollium
MORTALIDADE – 25% (na neurocisticercose)
Figura conhecida dos livros escolares, este verme causa a cisticercose, transmitida pela ingestão de seus ovos. A pior variação é a neurocisticercose, quando eles chegam ao cérebro. Os bebês vermes passam a se alimentar da massa cinzenta.
LENTO E PERIGOSO
ESPÉCIES – Leishmania sp
MORTALIDADE – 10%
Este protozoário infecta os humanos com a picada do mosquito-palha, que transmite a leishmaniose. A doença pode levar até dez anos para gerar algum sintoma. Caso se manifeste na forma visceral, pode inchar os órgãos internos até matar o hospedeiro. Sem tratamento, a morte é certa.
MILHÕES DE VÍTIMAS
ESPÉCIE – Plasmodium falciparum
MORTALIDADE – 20%
O protozoário que causa a malária possui diversas subespécies. Uma das piores é esta, que provoca de delírios a problemas mentais irreversíveis – os quais, muitas vezes, causam morte. É a doença parasitária mais comum do mundo: só em 2010, 219 milhões de pessoas foram infectadas.
FONTES: Parasites and Pestilence, grupo de estudos da Universidade de Stanford (EUA), Centers for Disease Control and Prevention, do governo dos EUA, Initiative for Vaccine Research, da Organização Mundial da Saúde, e Tendência da Mortalidade Relacionada à Cisticercose, de A. H. Santo.