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Quem foi Jim Jones, o reverendo assassino

O líder religioso que envenenou e matou mais de 900 pessoas - de uma só vez

Por Danilo Cezar Cabral
Atualizado em 8 mar 2024, 10h31 - Publicado em 4 set 2015, 11h32

jim-jones

Pergunta Alexandre Lazarotto, Cachoeira do Itapemirim, ES

Ilustra André Bdois edição Tiago Jokura e Felipe van Deursen

1. Nasceu em Indiana, EUA. Sem muitos amigos, passava seu tempo com livros, especialmente as obras de Gandhi, Hitler, Marx e Stalin e livros sobre religiões. Sua mãe dizia ter dado à luz um messias e seu pai era um alcoólatra filiado à Ku Klux Klan

2. Apesar do racismo extremo do pai, teve alguns amigos negros, que volta e meia eram expulsos de sua casa. Em 1948,Jones se formou no ensino médio e seus pais se separaram. Ele escolheu ficar com a mãe

3. Em 1952, entrou na escola de pastores da Igreja Metodista. Ficou impressionado com a popularidade dos cultos e planejou usá-los para arrecadar dinheiro. A partir de 1956, começou a coordenar grandes aglomerações religiosas

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4. Junto com a esposa, Marceline, adotou três crianças de ascendência coreana, um menino negro e uma garota de sangue indígena (além de uma outra, branca). Em 1959, o casal teve seu único filho biológico

5.Jones viajou ao Brasil em 1962, onde trabalhou em favelas do Rio. Mas, com sua ausência nos EUA, a igreja diminuiu a frequência de programas de direitos humanos em Indiana. Ele acabou voltando aos EUA no ano seguinte

6. Em 1967, começou suas pregações apocalípticas: o planeta seria destruído por uma guerra nuclear, mas Jones construiria um paraíso na Terra para salvar seus seguidores. A maluquice chegou ao nível de ele dizer ser a reencarnação de Gandhi, Jesus, Buda e Lenin!

7. Fundou um vilarejo na Guiana chamado Jonestown, em 1977. Reinou como um líder absoluto até novembro de 1978. A seita chamou a atenção de um jornalista norte-americano, que escreveu sobre os abusos físicos, psicológicos e sexuais sofridos pelos fiéis

8. Um de seus filhos adotivos, Tim, fugiu de Jonestown. Ele descobriu que era filho biológico de Jones, que havia estuprado uma de suas fiéis. Tim se uniu ao deputado norte-americano Leo Ryan e formou uma missão para investigar os casos de abuso em Jonestown

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9. Durante a visita de Ryan, em 18 de novembro de 1978, um seguidor de Jones o atacou com uma faca. Ryan escapou para um aeroporto improvisado. Lá, a Brigada Vermelha, braço armado de Jones, matou Ryan, três jornalistas e uma garota que escapava do vilarejo

10. No mesmo dia, Jones envenenou 908 pessoas – sendo 276 crianças – com suco de frutas misturado com cianeto. O ato já vinha sendo ensaiado pelo grupo e tinha o apelido de Noites Brancas. Uma gravação em áudio encontrada pelo FBI narrava todo o processo

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(Janet Fries/Getty Images)

QUE FIM LEVOU?

Jones foi achado no pavilhão em que ocorreu o massacre com um tiro na cabeça. Não é claro se ele disparou ou se orientou um seguidor a matá-lo

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FONTES Alternative Considerations of Jonestown and Peoples Temple, Universidade Estadual de San Diego (EUA); documentário Jonestown: The Life and Death of Peoples Temple; livro Raven: The Untold Story of Rev.Jim Jones and His People, de Tom Reiterman e John Jacobs; revista Time

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