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Teoria da Conspiração: Kurt Cobain foi assassinado?

No dia 8 de abril de 1994, o vocalista do Nirvana foi encontrado morto. A perícia apontou suicídio, mas tem gente que não acredita nisso

Por Victor Bianchin
Atualizado em 20 fev 2019, 08h45 - Publicado em 9 dez 2015, 11h28

No dia 8 de abril de 1994, o vocalista do Nirvana, Kurt Cobain, foi encontrado morto em sua casa em Seattle, nos EUA. A polícia concluiu que ele se suicidara três dias antes, mas o caso ainda tem muitas questões não resolvidas.

1) GATILHO MISTERIOSO

A arma que matou Kurt havia sido comprada por ele “para proteção”. Há vários mistérios sobre ela: 1) a porta de ejeção fica à direita, mas o cartucho da bala foi encontrado à esquerda, 2) o objeto só foi checado para impressões digitais um mês após o caso, e nenhuma foi identificada e 3) a posição do gatilho da arma aparentemente estava abaixo do alcance de Kurt.

2) RASTROS DE ROMA

No dia 4 de março, cerca de um mês antes de morrer, Kurt sofreu uma overdose de heroína. Ele estava em Roma descansando de uma turnê com o Nirvana. Sua esposa, Courtney Love, havia acabado de juntar-se a ele. Após a morte, ela alegou que o caso em Roma havia sido uma tentativa de suicídio, embora o próprio Kurt tivesse negado esse boato. Outros conhecidos negavam que ele fosse suicida.

3) ESTÁ NO SANGUE

Um dos maiores argumentos da teoria de assassinato é que a quantidade de heroína no sangue de Kurt (1,52 miligrama por litro) era muita para ele ser capaz de puxar um gatilho. Há vários toxicologistas que corroboram essa tese. O problema é que o número não é oficial: ele vem de uma reportagem de um jornal de Seattle, e não da polícia – cujo relatório é confidencial.

Kurt-assassinado

4) CASOS DE FAMÍLIA

É sabido que Kurt estava prestes a se divorciar de Courtney Love, vocalista do Hole. O testamento do músico não estava pronto quando ele morreu, e suspeita-se que ele fosse excluir Love do documento. Com a morte do marido, Love herdou a maior parte das posses de Kurt e também os direitos sobre quase todo o material do Nirvana.

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5) CADÊ O CORPO?

Cerca de um mês antes de morrer, Kurt fugiu de uma clínica de reabilitação. Love, que estava em Los Angeles, contratou o detetive particular Tom Grant para procurar o marido. Grant chegou a entrar duas vezes na casa atrás de Kurt, mas não achou o corpo, porque este estava numa estufa em cima da garagem – um cômodo cuja existência Love não informou a Grant.

6) PERSONAGENS SUSPEITOS

Hoje, Grant aponta incongruências na conduta de outros dois frequentadores da casa de Kurt e Courtney. Michael DeWitt, um babá que prestava serviços ao casal, relatou à polícia que se encontrou com o roqueiro no local após ele escapar da clínica de reabilitação, mas que não notou nada de estranho. O outro era Dylan Carlson, amigo de Kurt, que inclusive chegou a revistar a casa junto com Grant em uma das visitas do detetive.

7) ARQUIVO MORTO

Muitos dos que apoiam a teoria de assassinato apontam que o bilhete de suicídio tem duas caligrafias diferentes: a primeira parte, que seria de Kurt, abrangia apenas o que seria uma carta do cantor para Courtney anunciando o divórcio. Já a segunda, supostamente adicionada por alguém, tinha a parte mais dramática, que indicava o suicídio. Teria alguém matado Kurt e adulterado a carta?

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EXPLICANDO A VERDADE

Não há evidências que apontem para assassinato

– Kurt sofria de depressão e já havia pensado em suicídio, conforme pode ser observado em seus diários. A seu pedido, o cenário do show Nirvana Unplugged foi decorado “como um funeral”.

– Nenhuma das principais evidências suspeitas, como a arma sem digitais, a dupla caligrafia e a heroína, aponta diretamente para um assassinato. Nada indica uma segunda pessoa na estufa.

– Courtney Love, a principal “suspeita”, não tentou interferir na investigação da polícia nem na de Tom Grant. Segundo o próprio Grant, ela o manteve contratado por meses após a morte de Kurt para prosseguir com o caso.

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– Diversos livros e documentários já remexeram o caso. Nenhuma informação concreta que refute a tese de suicídio foi encontrada.

FONTES Sites Justice for Kurt e Cobain Case, livros Kurt Cobain, de Christopher Sandford, e Rock Shrines, de Thomas H. Green

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