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Top 10: Os falsários mais cara-de-pau da história

Passar a perna nos outros exige aparência impecável, lábia sedutora e alto nível de criatividade. Conheça dez casos surpreendentes

Por Anna Carolina Rodrigues
Atualizado em 22 fev 2024, 10h23 - Publicado em 29 jul 2016, 16h14
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ILUSTRAS Magenta King

Passar a perna nos outros exige aparência impecável, lábia sedutora e alto nível de criatividade. A principal arma desses criminosos era conquistar a confiança das vítimas

10. JAMES REAVIS

Vida 1843-1914

Atuação EUA

Em 1882, esse golpista queria ser o barão do estado do Arizona. Para isso, se “armou” com escrituras falsificadas de reivindicação de terras. Caso fossem aprovadas, elas o fariam dono de uma área de 50 mil km² – maior que a do estado do Rio de Janeiro. Ele conseguiu vender boa parte das escrituras para pessoas físicas e empresas e arrecadou cerca de US$ 5,3 milhões com a operação. A farsa foi descoberta, mas Reavis só foi preso 11 anos depois, quando estava aplicando o mesmo golpe no M��xico.

9. HASSAN NEMAZEE

Vida 1950-

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Atuação EUA

Formado na prestigiada Universidade Harvard, com família bem relacionada e rica, Nemazee foi acusado em 2010 de tomar empréstimos de mais de US$ 300 milhões em três bancos diferentes. Ele usou garantias falsificadas, como uma conta bancária de US$ 500 milhões e fundos do tesouro dos EUA – nenhum dos dois existia. O golpista confessou o crime e pegou 12 anos de prisão, mas até hoje o dinheiro não foi recuperado.

8. FRANK ABAGNALE JR.

Vida 1948-

Atuação EUA, França, Suécia e outras 23 nações

Destacou-se na falsificação de documentos, cheques e diplomas para conseguir dinheiro e emprego. Dos 16 aos 21 anos, usou oito identidades diferentes e trabalhou como advogado (“formado” em Harvard), médico, piloto de avião e professor de sociologia. Estima-se que suas fraudes tenham causado prejuízo de US$ 2,5 milhões. Preso, foi para o “outro lado da força”: virou consultor de bancos e da polícia, como especialista em falsificações. O papel de Abagnale foi interpretado por Leonardo DiCaprio no filme Prenda-Me se For Capaz.

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7. GEORGE C. PARKER

Vida 1870-1936

Atuação EUA

A especialidade de Parker era vender grandes imóveis e monumentos para turistas. Seu cardápio de ofertas incluía o Madison Square Garden, o Metropolitan Museum of Art, a Estátua da Liberdade e até a ponte do Brooklyn, tudo em Nova York. Um de seus “clientes” chegou a ser preso instalando um pedágio na ponte, que Parker chegou a vender duas vezes por semana. Preso, foi condenado à prisão perpétua em 1928. Em 2002, na cadeia, Marcelo enganou os presos fingindo ser líder de uma facção criminosa.

6. MARCELO NASCIMENTO DA ROCHA

Vida 1976-

Atuação Brasil

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Em 2001, foragido da polícia por envolvimento com o tráfico de drogas no Acre, Marcelo Nascimento se passou pelo filho do dono da companhia aérea Gol durante o Recifolia, Carnaval fora de época em Recife. Tirou foto com celebridades, comeu e bebeu de graça e até deu entrevista ao programa Amaury Jr. Antes disso, ele também se passou por olheiro da seleção brasileira, repórter da MTV, produtor do Domingão do Faustão… Ao todo, foram 16 identidades falsas. Sua história foi encenada no cinema por Wagner Moura no filmeVips.

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5. GREGOR MACGREGOR

Vida 1786-1845

Atuação Inglaterra e França

Esse militar britânico ganhou terras de um chefe indígena no Caribe e, de volta a Londres, começou a vender terrenos de seu “Principado de Poyais”, dizendo que era um país fértil e estruturado. Várias vítimas foram para lá e morreram de fome ou doenças tropicais. Desmascarado, ele fugiu para a França e continuou aplicando o golpe. Preso, foi liberado em poucos meses e morreu pobre, na Venezuela.

4. CARLO PONZI

Vida 1882-1949

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Atuação EUA

O italiano começou falsificando cheques, mas entrou para a história ao criar o golpe da pirâmide, copiado até hoje. Vivendo nos EUA, ele vendia cupons postais internacionais com a promessa de que se valorizariam com o câmbio e trariam lucro certo. Mas era tudo mentira. Na conversa, ele garantia retorno de 50% em 45 dias. Alguns “clientes” lucraram, mas a maioria só financiou o malandro. No total, ele enganou cerca de 17 mil pessoas e juntou uma grana equivalente a US$ 100 milhões atuais. Após ficar 12 anos preso nos EUA e ser deportado para a Itália, Ponzi emigrou para o Rio de Janeiro, onde morreu em 1949.

3. VICTOR LUSTIG

Vida 1890-1947

Atuação EUA, Canadá e França

Começou trapaceando em jogos de cartas e deu seu primeiro grande golpe ao vender, por US$ 300 mil, uma máquina falsa que imprimia dinheiro. Em 1925, vendeu a Torre Eiffel para um sucateiro sob o pretexto de que os custos de manutenção eram muito altos para o governo francês. Antes de ser condenado à prisão perpétua, em 1935, Lustig enganou até o célebre mafioso Al Capone, num golpe de US$ 2 mil.

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2. JOHN BLUNT

Vida 1665-1733

Atuação Inglaterra

Chefiando a South Sea Company, empresa britânica de comércio exterior, Blunt prometia lucros irreais no comércio com colônias espanholas. O negócio até existia, mas rendia menos. Em pouco tempo, a empresa passou a valer bilhões de libras (em valores atuais) e o golpista começou a doar ações a figurões do governo, gerando uma crise na bolsa. Uma das vítimas foi o cientista Isaac Newton, que perdeu cerca de 3 milhões de libras. Muitos faliram e vários cometeram suicídio, antes de Blunt ser preso.

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1. BERNARD MADOFF

Vida 1938-

Atuação EUA

O ex-presidente da bolsa de valores Nasdaq (que concentra ações de companhias de alta tecnologia) tinha uma empresa de investimentos desde os anos 60. Nos anos 90, criou um esquema de pirâmide gigante, que só veio à tona por causa da crise de 2008, quando, preocupados com a economia, muitos investidores retiraram o dinheiro rapidamente. Isso fez o esquema ruir. Ele foi preso após confessar tudo para os filhos, que o denunciaram. A fraude foi de US$ 36 bilhões, mas só metade foi restituída aos investidores. Foram cerca de 4,8 mil vítimas, incluindo bancos, instituições de caridade e até celebridades, como Paul McCartney e Steven Spielberg. Atualmente,Madoff vive em uma cadeia na Carolina do Norte, cumprindo pena máxima de 150 anos. Preso,Madoff disse que seu fundo de investimento gigante era uma pirâmide de Ponzi em grande escala.

FONTES Livro Golpes Bilionários, de Kari Nars; sites Business Insider, Forbes, Fortune, Market Watch, The New York Times, Reuters, The Wall Street Journal e filme Vips – Histórias Reais de um Mentiroso

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