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Articulações: dobra, puxa, estica

Sem as articulações, você seria rígido como uma árvore.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h37 - Publicado em 1 jul 1998, 22h00

Xavier Bartaburu

Do seu gesto de abrir esta página aos dribles do craque Ronaldinho, todos os movimentos do corpo humano só são possíveis graças às articulações, chamadas também de juntas. Isolados, os ossos não são nada maleáveis. É o ponto em que eles se encontram que dá flexibilidade ao esqueleto. Para evitar o desgaste natural do atrito, as pontas dos ossos que se articulam estão cobertas por uma camada de cartilagem, igual à que você observa quando destrincha uma coxa de frango. O organismo produz também um lubrificante para proteger as articulações, o líquido sinovial, que atua como o óleo nas engrenagens de uma máquina.

Com tanto “jogo de cintura”, o seu esqueleto correria o sério risco de deslocamento. O que segura as juntas no lugar são os ligamentos, espécie de cordões que prendem os ossos uns aos outros. São eles também que limitam os movimentos, impedindo que um osso se mexa para qualquer lado. Experimente girar totalmente o pescoço. Ou dobrar o cotovelo para trás. Impossível, não é? Isto é um sinal de que os seus ligamentos vão bem, obrigado.

GIRO PROIBIDO

O encontro dos ossos do pulso com os do antebraço forma uma junta chamada elipsoidal. Os ossos podem mover-se para frente, para trás e para os lados, mas não podem girar.

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POSITIVO, NEGATIVO

As duas primeiras vértebras do pescoço, o atlas e o áxis, encaixam-se uma na outra por meio de um pino. Essa articulação faz com que a cabeça gire para a direita e para a esquerda.

JOGO DE PERNAS

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A articulação da bacia é uma combinação de firmeza e flexibilidade. A cabeça do fêmur se encaixa em um orifício da pélvis. Sendo uma junta do tipo cavidade-cabeça, ela pode girar com certa liberdade.

ESFORÇO PERMANENTE

O cotovelo – assim como o joelho – funciona como uma dobradiça, podendo flexionar até 180 graus. A posição dos ossos que o formam, o úmero e a ulna, trava o movimento para trás. O cotovelo é uma das juntas mais usadas, e também uma das mais expostas. Atletas como os tenistas fazem uso excessivo dessa parte do corpo, submetendo-a a grandes pressões. Movimentos bruscos como uma raquetada geram uma tensão exagerada sobre os músculos que acionam o cotovelo, o que pode causar uma inflamação dos ligamentos que passam por baixo dele.

SUJEITO A TORÇÕES

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Os sete ossos do tornozelo têm um formato bastante irregular. Eles deslizam um sobre o outro. Esses ossos têm uma certa flexibilidade, mas ela é limitada por vários ligamentos. É, no entanto, uma junta bastante forte.

O SABOR DA LIBERDADE

O ombro é a junção da cabeça do úmero com a escápula. É uma articulação do tipo cavidade-cabeça,que acopla uma peça côncava a uma convexa, permitindo maior liberdade de movimentos. O ombro é mais maleável do que a bacia – que tem o mesmo tipo de junta – porque a cavidade não é tão profunda. Por isso, está mais sujeito a deslocamentos.

A difícil missão do joelho

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O joelho é a maior junta do corpo humano. Apesar de ser do tipo dobradiça, como o cotovelo, tem um formato especial. Além do fêmur e da tíbia, o joelho inclui um terceiro osso, a patela. A função da patela é fortalecer a articulação, com a ajuda de poderosos ligamentos. Muito importantes para a estabilização do joelho são os meniscos, duas lâminas de cartilagem que ajudam no contato entre o fêmur e a tíbia. O problema dessa articulação é que ela está desprotegida, sem músculos ao seu redor. Os joelhos suportam quase todo o peso do corpo e, para tornar seu trabalho ainda mais difícil, eles articulam os dois maiores ossos do esqueleto. Não é de se estranhar que os jogadores de futebol tenham freqüentemente problemas no joelho. A enorme força que é usada na junta pode levar à ruptura de um menisco ou de um ligamento.

O incrível bailado dos ossos

Uma articulação ou junta é o encontro de dois ossos. Nem todas, porém, são móveis. As suturas do crânio estão encaixadas umas nas outras, como se fossem um único osso. Outras articulações são estabilizadas por cartilagens e se limitam a oferecer suporte, sem se mexer. É o caso da junção da tíbia com a fíbula, os principais ossos da perna. A maioria delas, no entanto, é flexível. Veja neste casal de bailarinos do Balé da Ópera Nacional de Paris os diferentes tipos de juntas e como a combinação delas resulta num verdadeiro espetáculo.

A mulher-girafa

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A tribo dos karenis, em Mianmá (a antiga Birmânia, na Ásia), ficou famosa pelo costume – hoje em desuso – de colocar aros de metal no pescoço das mulheres. Elas recebem o primeiro aos 5 anos de idade. À medida que crescem, mais são acrescentados. Os aros empurram os ombros para baixo, dando a impressão de que o pescoço está alongado. Caso fossem retirados, a cabeça da mulher não ficaria em pé, e ela morreria asfixiada. Os karenis achavam que, assim, elas ficavam mais bonitas.

Quem sabe é super

Um contorcionista não possui mais articulações do que um de nós. O que o faz tão elástico são os ligamentos mais longos. Há pessoas que nascem com os ligamentos mais flouxos. O que os contorcionistas fazem é trabalhar axaustivamente para afrouxá-los ainda mais.

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