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Carlos Chagas: história sem fim

Apaixonado pelo trabalho, o médico delineou o quadro completo de um mal que, no mundo inteiro, ficou conhecido como a doença que leva o seu nome.

Por Suzana Veríssimo
Atualizado em 6 jun 2024, 13h26 - Publicado em 30 abr 1991, 22h00

Reportagem publicada em 1991

Descobrir uma doença já bastaria para destacar um pesquisador. Mas apenas um cientista extraordinário revelaria sozinho, além de uma doença nova, seus sintomas, sua causa e suas formas de transmissão.

Pois esse longo e minucioso trabalho foi realizado, no início do século 20, pelo médico mineiro Carlos Chagas, o descobridor do mal que hoje, em todo o mundo, é conhecido pelo seu nome e que, só no Brasil, reúne cerca de 12 milhões de vítimas.

Sua investigação é ainda mais peculiar por ter sido feita às avessas da maioria dos estudos em Medicina, que normalmente parte da constatação de uma doença para então, ir atrás dos agentes causadores. Chagas, ao contrário, chegou à realidade de mal partindo de uma observação corriqueira – a de que um estranho inseto costumava picar o rosto das pessoas.

Se fosse seguir os desígnios da família, Carlos Chagas teria sido engenheiro. Nascido em 9 de julho de 1879, Carlos Ribeiro Justiniano das Chagas passou o inicio da infância na Fazenda Bom Retiro, na cidadezinha mineira de Oliveira. Quando o menino não tinha ainda 5 anos, o pai morreu, deixando uma viúva de 24 anos de idade, quatro filhos e uma fazenda por pagar.

As dificuldades financeiras obrigaram a mãe de Carlos Chagas a mandá-lo, com 7 anos, para o Colégio dos Jesuítas, em Itu, no interior de São Paulo, pois ali a matrícula era grátis. Mas o garoto ficou menos de dois anos por lá. No dia 13 de maio de 1888, ao saber que a princesa Isabel abolira a escravatura, ele fantasiou que a mãe estava tendo problemas com os negros da fazenda. E, aí, por um dos traços marcantes de sua personalidade, a determinação — explodiu: ele fugiu da escola para salvar a mãe.

Em poucas horas foi capturado, mas depois de mostrar sua tristeza por viver longe da família acabou voltando para Minas Gerais. Começou a cursar, então, a já famosa Escola de Minas, em Ouro Preto. Em 1895, no entanto, um ataque de beribéri o levou de volta a Oliveira. Ali, encontrou o tio, Carlos Ribeiro de Castro, que acabara de chegar do Rio de Janeiro e instalara uma clínica cirúrgica na cidadezinha.

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Encontrou, também, sua vocação: a Medicina e a Biologia. Assim, já em 1896, aos 17 anos, ele ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Na casa onde morava com outros colegas, Carlos Chagas estudava à luz de velas.

Metódico, todas as noites ele só fechava os livros depois de consumir duas delas. Ainda estudante, tornou-se assistente do professor Francisco Fajardo, no curso de malária. Nesse tempo, também, grassava a epidemia de febre amarela, no Rio. Chagas acompanhava, sempre que podia, um de seus professores prediletos, Miguel Couto, em suas andanças pelos hospitais. Ele varava noites à beira de um leito quando sabia que um doente vivia longe da família.

Ao contrário da imagem que se faz de um cientista (uma pessoa séria, sisuda, com o livro sempre grudado no nariz), Chagas era exuberante, impetuoso, vibrante, e se apaixonava pelo que fazia. Em 1902, ainda sem saber direito que especialidade seguir, ele foi se aconselhar com Miguel Couto. Como o ex-aluno acabara de escrever uma tese sobre malária, o velho professor lhe indicou um jovem médico recém chegado do Instituto Pasteur, em Paris, que começava a criar a Medicina Experimental no Brasil: Oswaldo Cruz. Na mesma época, Chagas passou algum tempo trabalhando no então recém criado Instituto de Manguinhos (hoje Instituto Oswaldo Cruz), mas recusou a oferta para se empregar ali.

Ele preferiu aceitar um pequeno posto no Hospital dos Pestosos, em Jurujuba, na periferia do Rio de Janeiro, e abriu um consultório. Ironicamente, essa opção teve um simples motivo: Chagas acreditava não ter dons para a investigação experimental. Contudo, três anos mais tarde, em 1905, o salário do hospital e a renda do consultório já não eram suficientes pois Chagas estava casado com dona Íris e tinha um filho, Evandro. Por isso, aceitou o convite de Francisco Fajardo para trabalhar em uma campanha de profilaxia da malária na Companhia das Docas de Santos.

Assim, aos 26 anos, ele deixou a família no Rio de Janeiro para atuar na primeira campanha de profilaxia bem- sucedida no Brasil. De volta ao Rio, o cientista passou a integrar a equipe de Manguinhos, para disparar uma campanha semelhante na Baixada Fluminense. É quando cunha uma frase que se tornaria célebre: “A malária é adquirida nos domicílios humanos e raramente no exterior”.

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Desse modo, Carlos Chagas desmontou a tese de que os focos da doença eram as proximidades dos pântanos, as margens dos rios e águas paradas. No final do ano de 1907, Oswaldo Cruz encarregou-o de uma nova missão: a Estrada de Ferro Central do Brasil prolongava suas linhas para o interior de Minas Gerais e, ao chegarem os novos trilhos a Lassance, um arraial quase às margens do Rio São Francisco, a malária devastou o acampamento dos operários.

A descoberta da doença de Chagas

Chagas e seu colega Belisário Pena foram para lá, instalando uma espécie de hospital e laboratório em um vagão, na estação ferroviária. E foi nesse cenário que os trabalhos de Carlos Chagas tomaram um rumo imprevisto (e fundamental) para a Medicina. Na região, muitas pessoas morriam de uma doença estranha. Certa vez, Chagas resolveu fazer uma autópsia no corpo de um desses doentes e constatou grandes lesões no músculo cardíaco, o que deveria provocar a morte daquelas pessoas.

Poucos dias depois, numa viagem a Pirapora, à noite, Chagas pousou numa casinha de pau-a-pique. Ali, o chefe da comissão de engenheiros que construía a estrada de ferro mostrou-lhe um inseto desconhecido, chamado chupão, chupança ou barbeiro, porque tinha o hábito de picar no rosto e chupar o sangue.O irrequieto Chagas logo capturou alguns desses insetos e examinou-lhes o aparelho digestivo, apesar de nem desconfiar da relação do que estava fazendo com o resultado da autópsia realizada dias antes. Surpreendentemente, ele encontrou no intestino do barbeiro um tripanossoma, espécie de microorganismo unicelular, de 15 milésimos de milímetro.

Curioso, Chagas enviou alguns barbeiros para Oswaldo Cruz e pediu-lhe que deixasse os insetos em contato com sagüis. Vinte dias depois, de volta a Manguinhos, o cientista notou que os sagüis estavam infectados pelo mesmo tripanossoma. No dia 17 de dezembro de 1908, ele descreveu num relatório o Trypanosoma cruzi (sendo cruz uma homenagem a Oswaldo Cruz). Chagas precisava, então, descobrir as vitimas desse microorganismo.

Francisco Gomes, que se tornou técnico no Instituto de Manguinhos, foi uma testemunha dessa busca. Na época, ele ainda era garoto e estava no acampamento dos cientistas quando conseguiu capturar um gambá nas imediações. “Chagas dizia: ‘Ih, cuidado com esse bicho’. Ele correu para a barraca, foi apanhar a bandeja com o material: lâmina, tesoura etc.”, conta Gomes, em um depoimento publicado nos Cadernos da Casa de Oswaldo Cruz, elaborado pela Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz).

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E continua: “Imprensei a cabeça do gambá, consegui segurar as patas traseiras; ele veio correndo e deu um pique na orelha, tirou uma gota de sangue, botou na lâmina, saiu correndo para a barraca. Quando olhou no microscópio, deu um tremendo berro, que ecoou pelo campo afora. Foi o segundo animal descoberto como hospedeiro do Trypanosoma cruzi. O primeiro era o tatu. Mas o primeiro ser humano foi a menina Berenice Soares de Moura, de 2 anos, que tinha acessos de febre intensos e intermitentes. Ao examinar o sangue da menina, Chagas encontrou o mesmo tripanossoma. Estava descoberta a doença de Chagas.

Até então, o único mal conhecido causado por um tripanossoma em seres humanos era a chamada doença do sono, transmitida pela mosca tsé-tsé, endêmica em muitas regiões da África. Em abril de 1909, a descoberta de Carlos Chagas foi divulgada para o mundo, com a publicação de um artigo numa revista científica alemã. Ao mesmo tempo, Oswaldo Cruz leu o trabalho na sede carioca da Academia Nacional de Medicina.

Durante quatro anos, Carlos Chagas viveu entre o Rio de Janeiro e Lassance, investigando a doença. Até que, em 1912, foi enviado por Oswaldo Cruz para fazer outro trabalho de profilaxia e saneamento no vale do Amazonas. Trabalhando no meio das florestas, muitas vezes acompanhado por índios, ele percorreu os rios Solimões, Juruá, Purus, Acre, Yaco e Negro. Nesse período, trabalhou com Pacheco Leão, que foi diretor do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

É Pacheco Leão quem conta que Chagas viveu duros dias na Amazônia: caía nos igarapés, não gostava nem da comida nem dos frutos típicos e, à noite, com os outros membros da expedição, era obrigado a caçar na mata, pois só chegava carne ao acampamento de sete em sete dias. Na Amazônia, Chagas identificou várias espécies de insetos e se revoltou com a pobreza e a ignorância, que matavam os habitantes.

Em uma de suas anotações, o médico revelou ter ficado extremamente impressionado com a situação na cidadezinha de São Felipe, à beira do Rio Juruá. Ali chegando, soube que, só no primeiro semestre de 1911, haviam morrido 400 pessoas por causa da malária. “Metade dos habitantes vitimada em seis meses por uma moléstia evitável!”, escreveu.

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Chagas e a Gripe Espanhola

A gripe espanhola chegou ao Rio de Janeiro em 1918, quando Carlos Chagas ainda estava deprimido com a morte, no ano anterior, de Oswaldo Cruz, a quem sucedeu na direção do Instituto de Manguinhos. Em dois meses, a gripe matou 15 000 pessoas na cidade, e a população estava em pânico.

Chagas foi chamado para dirigir os serviços assistenciais. Em uma semana, criou hospitais improvisados, mobilizou a parte ativa da população, instalou laboratórios de emergência. No ano seguinte, foi convidado pelo presidente da República, Epitácio Pessoa, a reformular todo o sistema de saúde do país, sendo nomeado diretor do recém-criado Departamento Nacional de Saúde Pública.

Para aceitar o cargo, Chagas fez uma única exigência: continuar no comando de Manguinhos. Até 1926, ele acumulou os dois cargos. Nesse período, criou serviços de profilaxia rural, inspetorias especializadas no combate à tuberculose, à sífilis e à lepra.Chagas conseguiu também uma verba da Fundação Rockefeller para criar a Escola de Enfermagem Ana Neri. Tudo isso lhe rendeu muita inveja: ele chegou a ser acusado de tráfico de escravas brancas em conluio com os americanos, quando chegaram ao Rio de Janeiro as primeiras enfermeiras que iam lecionar na escola.

O pior foi, em 1916, quando cientistas brasileiros e argentinos fizeram uma verdadeira campanha contra suas pesquisas: “As descobertas de Carlos Chagas são uma ilusão e a doença de Chagas não existe”, afirmou o argentino R. Krauss, diretor do Instituto Bacteriológico de Buenos Aires, durante um congresso. Por sorte, Chagas estava presente no evento e, no dia seguinte, falou para um auditório repleto durante duas horas e meia, demonstrando com base em documentos a validade de sua descoberta.

Essas vicissitudes, porém, jamais tiraram de Carlos Chagas o bom humor. “Nossa casa era simples, mas, aos domingos, ela vivia cheia de seus amigos cientistas. Conversava-se muito, ria-se muito. Meu pai só se irritava quando alguém falava demais. Aí, ele logo emitia seu mais característico sinal de impaciência: tamborilava com os dedos, lembra Carlos Chagas Filho, que seguiu a trilha do pai no caminho da ciência. Carlos Chagas adorava repousar lendo clássicos portugueses. Citava frases inteiras de Camilo Castelo Branco e de Antero de Quental. Os anos entre 1926 (quando deixou o Departamento Nacional de Saúde Pública e se dedicou apenas a Manguinhos) e 1934, quando morreu, foram os mais felizes de sua vida.

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Era então um cientista reconhecido e mais de quarenta sociedades científicas estrangeiras o elegerem membro honorário. Como participante do Comitê de Higiene da Liga das Nações, viajou à Europa todos os anos. No Rio, o cientista caminhava até a praia do Flamengo para um rápido banho de mar, antes de partir para o trabalho, no Instituto de Manguinhos.

Chagas carregava sempre uma marmita, preparada com esmero por sua mulher. Dona Íris não desconfiava que o marido jamais provava a comida. Chagas levava a refeição para um colega, Adolfo Lutz (o famoso médico, criador do primeiro instituto bacteriológico brasileiro), que não suportava comer no refeitório de Manguinhos.

No dia 8 de novembro de 1934, Carlos Chagas foi ao hospital, pela manhã, visitar um aluno operado. Mas, indisposto, resolveu não ir a Manguinhos, preferindo ficar em casa. Aos 55 anos, o cientista morreu de infarto sobre a mesa do escritório, trabalhando. Ou melhor, procurando um meio de se vencer a doença de Chagas.

Tal pai, tal filho

Quando estava no último ano do curso de Medicina, Carlos Chagas Filho chegou perto de seu pai e disse que queria se especializar em ciências básicas. “Acho que a Medicina tropical é mais importante”, respondeu Carlos Chagas, “mas ciência, no Brasil, não se faz sem ciência básica.” Foi assim, com a bênção paterna, que ele iniciou uma carreira que o levou até a presidência da seríssima Academia Pontifícia de Ciências do Vaticano, cargo que exerceu de 1972 até 1988, convivendo com dezenas de ganhadores do Nobel.

Filho mais novo do descobridor da doença de Chagas, ele nasceu no Rio de Janeiro em 12 de setembro de 1910. Depois de formado, iniciou uma meteórica carreira como professor da Faculdade Nacional de Medicina, a ponto de aos 26 anos já ser o catedrático de Física Biológica. Mas foi a partir de 1938, depois de ter estudado no Instituto Pasteur, em Paris, que ele passou a se dedicar verdadeiramente à pesquisa. Sua atenção concentrou-se sobre o poraquê, um peixe elétrico do Amazonas, a respeito do qual publicou mais de 150 trabalhos.

Chagas Filho descreveu as propriedades elétricas do poraquê, até então desconhecidas, e mostrou como era sua transmissão pelos nervos do peixe. Inéditas também foram suas pesquisas sobre o curare (o veneno dos índios da Amazônia), que permitiram a compreensão de como se distribuem no organismo algumas substâncias radioativas usadas em remédios.

Em 1945, Carlos Chagas Filho fundou o Instituto de Biofísica, implantando a pesquisa científica dentro da universidade. A partir de 1947, ele iniciou sua atuação internacional, presidindo o Comitê de Estudo das Radiações Ionizantes sobre Seres Vivos, das Nações Unidas, as comissões de pesquisas da Organização Pan-Americana de Saúde e, mais tarde, da Organização Mundial de Saúde.

De 1966 a 1970, o cientista morou em Paris, como representante brasileiro junto à UNESCO. Nesse período, ele se tornou vice-presidente do Comitê Internacional de Salvaguarda de Veneza, a magnífica cidade italiana que, aos poucos, afunda nas águas do Mar Adriático. Nenhuma dessas honrarias, contudo, retirou dele a gentileza e a doçura.

Hoje (1991), aos 81 anos, Chagas Filho costuma ir, diariamente, ao Instituto de Biofísica. Ali, nos corredores do prédio, ele distribui cumprimentos gentis aos funcionários mais humildes e, nos laboratórios, preciosas lições aos seus alunos e pesquisadores.

Um hóspede terrível

Em princípio, a doença de Chagas deveria estar restrita aos pequenos mamíferos das matas da América, desde a Patagônia até o sul dos Estados Unidos. Bichos, enfim, como os gambás, conviviam com os barbeiros e, assim, acabavam hospedando em seu organismo o Trypanosoma cruzi.

A destruição das matas possivelmente desalojou os barbeiros, que, então, invadiram os casebres de barro e pau-a-pique, onde passaram a contaminar animais domésticos e seres humanos. Inseto hematófago, ou seja, que se alimenta de sangue, o barbeiro procura o rosto para dar sua picada, que não é sentida, já que ele expele um líquido anestésico. Logo depois de picar, o inseto defeca.

Nas fezes está o perigo: o tripanossoma, que aproveita a brecha da picada para entrar no organismo. Quatro a seis dias mais tarde, aparece uma mancha avermelhada e dolorosa no lugar da picada. O infectado tem febre baixa e contínua, além de falta de apetite. Na fase aguda da doença, o baço e o fígado aumentam, enquanto os batimentos cardíacos aceleram.

Esses sintomas duram algumas semanas, cedendo abruptamente. Aí, o problema torna-se crônico e o coração é o órgão mais prejudicado, pois o tripanossoma prefere se hospedar em suas fibras musculares. Aos poucos, esse órgão vai se dilatando: é o chamado “coração de boi”. O maior problema é que parasitas como o Trypanosoma cruzi ou o plasmódio, causador da malária, driblam o sistema de defesa do organismo, dificultando a criação de vacinas. Por enquanto, contra o mal de Chagas só existe uma receita eficaz: manter distância do barbeiro. No Brasil, porém, 12 milhões de pessoas são vítimas da doença, que costuma atingir unicamente uma classe: a dos pobres.

Para saber mais:

Salve o coração

(SUPER número 1, ano 1)

100 motivos para se orgulhar da ciência brasileira

(SUPER número 1, ano 10)

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