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Comer grilos pode fazer bem à saúde, diz estudo

Voluntários que tomaram café da manhã enriquecido com pó de grilo tiveram alterações positivas na flora intestinal

Por Ingrid Luisa
Atualizado em 23 ago 2018, 18h07 - Publicado em 23 ago 2018, 18h07

Apesar de quase 2 bilhões de pessoas no mundo comerem insetos, esse costume chinês ainda é visto com estranheza por nós, ocidentais. Mas pesquisadores da Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos, descobriram que nossos colegas asiáticos podem estar com a razão. Segundo um estudo elaborado por eles, comer grilos pode fazer bem à saúde do intestino, e até reduzir inflamações gerais do corpo.

Uma das vantagens nutricionais dos insetos é que, além de serem ricos em proteínas, eles possuem fibras, predominantemente na forma de quitina (contida em seus exoesqueletos). Valerie Stull, autora do estudo, afirma que essa fibra pode alterar a flora intestinal. “As fibras dietéticas são carboidratos que o nosso corpo não digere. Elas são as principais fontes de energia para os micróbios no nosso intestino”, disse à imprensa dos EUA. “Ou seja: as fibras que adquirimos na nossa dieta moldam o crescimento desses micróbios.”

Você pode estar se perguntando: “mas qual a vantagem de alimentar micróbios?” Bem, várias: a “flora intestinal”, como é conhecido esse grupo de bactérias que habitam nosso intestino, ajuda a produzir enzimas essenciais para decompor nutrientes complexos, regulariza a função intestinal, normaliza seu pH e contém o desenvolvimento de microrganismos patogênicos, ou seja, que causam doenças. Manter a flora intestinal equilibrada é essencial à saúde.

Os pesquisadores conduziram um experimento, durante duas semanas, com 20 homens e mulheres saudáveis. Parte dos participantes tomou um café da manhã contendo 25 gramas de “farinha de grilo” em pó, que era adicionada a bolinhos ou shakes. A outra parte foi um grupo de controle, e tomou café da manhã normal. Os pesquisadores analisaram amostras de sangue e fezes dos voluntários antes, durante e após o estudo para examinar o impacto dos insetos na saúde intestinal.

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Durante o teste, os voluntários não relataram alterações gastrointestinais significativas ou efeitos colaterais por comer os grilos. Mas, o que os pesquisadores descobriram foi um aumento na quantidade de uma espécie de bactéria, a Bifidobacterium animalis – que, segundo Stull, está associada a uma série de resultados positivos para a saúde, e está até disponível comercialmente como BB-12. Mas a pesquisadora admite que mais estudos são necessários para embasar toda essa capacidade nutricional dos insetinhos.

O fato é que, segundo a ONU, os insetos são uma boa opção alimentar, pois seu cultivo requer seis vezes menos ração do que a carne bovina, por exemplo, e também emite muito menos CO2. Um dia, talvez, todos nós estejamos comendo grilos. O que pode ser ótimo para o meio ambiente – e para a nossa saúde.

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