Com muita politicagem. É levado em conta, claro, o desempenho das seleções de cada continente nos mundiais anteriores. A tradição pesa. Mas quem decide mesmo é o Congresso da Fifa, que se reúne anualmente e costuma tomar essa decisão quatro anos antes do Mundial seguinte.
Quando a Copa do Mundo tinha 16 seleções, a distribuição era mais ou menos assim: nove para a Europa, quatro para a América do Sul e três para os outros continentes. Ao assumir a presidência da Fifa, em 1974, o brasileiro João Havelange fez da demagogia global um de seus cavalos-de-batalha, ampliando a Copa para 24 (em 1982) e, depois, 32 seleções (em 1998).
Essa política abriu caminho para todos os continentes. Para a Copa de 2002, a divisão foi: 15 para a Europa (incluindo a França, como campeã anterior), cinco para a América do Sul, cinco para a África, três para a América do Norte e Central e quatro para a Ásia (incluindo os dois países-sede, Coréia do Sul e Japão).
A Oceania não teve representante porque o vencedor do grupo do continente, a Austrália, perdeu uma repescagem contra o quinto colocado da América do Sul, o Uruguai. Aliás, os australianos reclamam muito dessa maldita repescagem que eles sempre são obrigados a disputar e que já lhes custou a vaga nos mundiais de 1994, 1998 e 2002. Em 32 vagas, alegam eles, pelo menos uma podia ser reservada para a Oceania, argumentam os dirigentes australianos.