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Coronavírus: Ministério da Saúde libera cloroquina para pacientes graves

Órgão irá distribuir 3,4 milhões de unidades do remédio. O medicamento, usado contra malária, está em fase de testes pela OMS.

Por Rafael Battaglia
26 mar 2020, 18h28

O Ministério da Saúde divulgou na noite de quarta-feira (25), que a cloroquina poderá ser usada em casos graves de coronavírus. 3,4 milhões de unidades de medicamentos da substância e de uma derivada dela, a hidroxicloroquina, serão distribuídos para os estados.

O tratamento deve durar cinco dias, e ser feito apenas como um complemento ao suporte que os hospitais já estão realizando – acima de todos, a assistência ventilatória para respirar.

De acordo com a nota oficial, o Ministério da Saúde ressalta que, apesar dos testes promissores, ainda não há evidências científicas suficientes sobre a eficácia dessas substâncias no combate ao coronavírus.

“Esse medicamento já provou que tem ação na evolução do ciclo do vírus, mas os estudos em humanos estão em curso, disse o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. “Essa é uma alternativa terapêutica que estamos dando aos profissionais de saúde para tratarmos esses pacientes graves que estão internados.”

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Sobre a cloroquina

Desenvolvida nos anos 1930, a cloroquina foi criada para combater a malária, doença causada por parasitas do gênero Plasmodium. Posteriormente, ela passou a ser usada também contra lúpus e artrite reumatoide.

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O remédio ganhou notoriedade nas últimas semanas. Pesquisas nos EUA, na França e na China envolvendo a substância e o Sars-Cov-2 deram resultados promissores.

Esses testes aconteceram porque, desde 2005, sabe-se que a cloroquina e a hidroxicloroquina podem combater o tipo de coronavírus causador da SARS. Além de ter ação anti-inflamatória, elas agem alterando o pH de parte da célula, tornando-o mais alcalino – o que bagunça os receptores que o vírus utiliza para infectá-las, impedindo que ele se multiplique.

Na última sexta (20), a Organização Mundial da Saúde incluiu os fármacos em um programa global para testar tratamentos promissores contra a Covid-19. Dada a popularidade, os estoques dos medicamentos se esgotaram em muitos lugares. No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) precisou determinar que esses remédios passassem a ser controlados.

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Vale dizer que nenhum órgão de saúde recomenda que esse tipo de medicamento seja usado para prevenir a Covid-19. O uso exagerado da cloroquina (e mesmo o da hidroxicloroquina, que é menos tóxica) pode provocar intoxicações e problemas no coração. Nos EUA, um homem e uma mulher de 60 anos morreram após se automedicarem.

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