A próxima vez que um dentista lhe diagnosticar uma cárie, você pode xingar a mãe – a sua, não a dele, bem entendido. Cientistas da Universidade do Alabama, nos Estados Unidos, provaram que essas senhoras são as fontes da bactéria Streptococcus mutans, responsável pelas cáries. A acusação foi baseada no exame da impressão do DNA, o mesmo usado em casos de investigação de paternidade. Mas no caso, o que se comparou foram os genes dos micróbios nos dentes de mãe e folhos – e, assim, constatou-se que as bactérias das crianças são rebentos das bactérias maternas.
A transmissão é pela saliva, durante um beijo ou um bate-papo próximo entre mãe e filho. A partir daí, os micróbios formam colônias, cujos descendentes causam transtornos pelo resto da vida. O mais intrigante é que a mãe, ré nessa história, não é a única pessoa a conviver com bebê. A teoria dos americanos é que, ainda na gestação, o feto entraria em contato com o Streptococcus materno no sangue e, por isso, seu sistema imunológico passaria a recebê-lo amigavelmente, em vez de atacá-lo, como faria com as bactérias do pai por exemplo.