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Dupla dinâmica: estômago e intestino

Veja como funciona a parceria entre os dois principais órgãos responsáveis pela digestão.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h38 - Publicado em 31 out 1998, 22h00

A bolsa que ronca

As paredes do estômago protegem o órgão de seus próprios ácidos. Embora seu poder seja inegável, o estômago não faz todo o trabalho da digestão sozinho. Mesmo assim, ele é sempre o mais lembrado. Essa fama tem um motivo: assim que o cérebro avisa que chegou a hora de comer, é ele quem reclama. Suas contrações, então, produzem o ruído de um ronco. Depois de satisfeito, você sente o peso que ele carrega. E, quando algo não cai bem, é o estômago quem se contrai e joga tudo para fora.

 

BANHO QUÍMICO

Glândulas produtoras de sucos gástricos fabricam enzimas e secretam o poderoso ácido clorídrico.

 

EXPULSÃO

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A musculatura se contrai várias vezes por minuto, empurrando aos poucos a comida parcialmente digerida em direção ao esfíncter pilórico, um anel muscular que dá passagem ao intestino.

 

DEPÓSITO

O estômago funciona como um depósito. À medida que a comida chega, suas paredes se dilatam para acomodar uma maior quantidade de alimento. Assim, a digestão é feita aos poucos, e não de uma só vez.

 

PROTEÇÃO EM CAMADAS

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As paredes são formadas por quatro camadas de tecidos, combinando fortes músculos com um poderoso revestimento que impede que o suco gástrico acabe digerindo o próprio órgão.

 

Tempestade de enzimas

Quando o intestino delgado recebe o bolo alimentar do estômago – o quimo – é que a tempestade química da digestão se arma de verdade. Dois hormônios – a secretina e a colecistoquinina – mandam chamar o suco pancreático, do pâncreas, e a bile, do fígado. A acidez do quimo é alcalinizada para que as enzimas possam entrar em ação. Não há como escapar: as ligações dos carboidratos, proteínas e gorduras dos alimentos são definitivamente quebradas. Células especializadas da mucosa do intestino absorvem, então, as moléculas simples dos nutrientes essenciais. O que não interessa ao corpo segue para o intestino grosso, que reabsorve a água e elimina o restante.

 

O FIM DA GORDURA

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Nos primeiros 25 centímetros, o duodeno, o quimo recebe o suco pancreático e a bile, essenciais para que as gorduras sejam dissolvidas.

 

FILTRO DE ÁGUA

Os resíduos chegam ao intestino grosso, também chamado de cólon. A água é reabsorvida nesse trecho ascendente. É na segunda metade do cólon, transverso e descendente, que se formam as fezes.

 

FIM DA VIAGEM

O reto é a última parte do intestino grosso, que se comunica com o exterior pelo orifício do ânus, por onde as fezes são eliminadas.

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TAPETE AVELUDADO

Os trechos seguintes, chamados jejuno e íleo, têm 7 metros de comprimento. De textura aveludada, são recobertos por estruturas adaptadas à absorção de nutrientes, as vilosidades (veja detalhe). Várias enzimas entram em ação nesses dois setores para completar a digestão.

 

 

Aproveitamento máximo

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Não é por acaso que o intestino dá tantas voltas dentro da barriga. Assim, ele aumenta sua área de absorção num espaço pequeno. Esticado, o intestino atinge 8,5 metros, a altura de um prédio de dois andares.

 

 

Estica-e-puxa

Acompanhe os movimentos do estômago na digestão

O estômago se dilata, aumentando de tamanho para receber a refeição, podendo acomodar até 2 litros.

 

Os músculos estomacais se contraem repetidamente em movimentos ondulatórios, empurrando o bolo alimentar em direção ao intestino.

 

O esfíncter pilórico relaxa, pois o intestino já está preparado para receber a comida. À medida que o alimento semidigerido vai para o intestino, o estômago encolhe-se gradualmente.

 

 

Quem sabe é super

A digestão de um bebê que se alimenta só do leite materno é bem acelerada. Um reflexo favorece a eliminação dos resíduos assim que o estômago ficar cheio.

 

 

Parede enrugada

As vilosidades do intestino absorvem os nutrientes

A superfície interna do intestino delgado é coberta de milhões de protuberâncias, as vilosidades. Elas são forradas de células que absorvem os nutrientes e os jogam nos vasos sangüíneos e linfáticos. Existem até 4 000 vilosidades numa área do tamanho de uma unha.

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