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Estão criando uma camisinha que promete prevenir o HIV mesmo se estourar

Além disso, o preservativo ainda aumentaria o prazer nas relações.

Por Felipe Germano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 19h06 - Publicado em 10 dez 2015, 11h30

Se você conhece uma daquelas pessoas que procuram desculpas para evitar o uso de preservativos, provavelmente já ouviu coisas como: “não uso porque sou alérgico” ou “ai, a camisinha diminui muito a sensibilidade”. Bom, pode avisar o seu amigo que esses argumentos estão prestes a ficar com menos credibilidade ainda. Uma nova camisinha está sendo desenvolvida pela equipe de Mahua Choudhury, uma professora da Faculdade Irma Lerma Rangel, no Texas.  Ela é hipoalergênica, pode intensificar a sensibilidade sexual, e ainda, de quebra, promete ajudar no combate à AIDS, mesmo que se rompa durante a relação.

O segredo está na composição do preservativo. A camisinha teria um composto chamado quercetina, um antioxidante natural extraído de plantas. Os cientistas envolvidos no projeto afirmam que a substância tem agido como um dificultador na replicação do vírus, o que diminuiria as chances de alguém ser infectado, caso o preservativo estourasse.

Ainda não se sabe exatamente como seria o processo de liberação da quercetina. “Estamos tentando descobrir quão rápido pode ser liberado o antioxidante. Não sabemos se a ação será automática, ou se algum tipo de pressão teria que ser aplicada”, afirma Mahua, em entrevista ao site da universidade. Acredita-se que a resposta para essa questão deve aparecer nos próximos seis meses, quando o processo de testes começar.

LEIA: 9 perguntas curiosas sobre a camisinha

Além de seguro, o preservativo promete ser prazeroso. Os envolvidos no projeto clamam que outra característica da quercetina é justamente ser um estimulante. O contato com a substância estimularia e manteria ereções, além de aumentar o prazer sexual.

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Mais uma vantagem do produto apareceria no bolso. Diferentemente da maioria das camisinhas vendidas hoje, o preservativo não seria feito de látex, e sim de hidrogel – que não causa alergias. Na prática, isso significaria um custo menor. Segundo Mahua, a diminuição no preço ajudaria a levar o preservativo para zonas rurais, ou até mesmo países onde a saúde é precária. “Se você consegue fazer algo realmente acessível, e com bastante apelo, isso poderia salvar vidas”, afirmou.

O projeto está entre as 54 ideias de camisinhas premiadas pela Fundação Bill e Melinda Gates, na busca por preservativos melhores que os atuais. “Se nós tivermos sucesso, isso revolucionará a prevenção do HIV. Nós não estamos apenas fazendo um novo material para camisinhas, estamos visando na possível eliminação dessa infecção”, afirmou Mahua.

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