8 perguntas curiosas sobre camisinha e outros métodos contraceptivos
Espera um pouquinho aí, camisinha com sabor engorda?
1. Camisinha tira a sensibilidade?
Minimamente. Camisinhas mais grossas são inclusive prescritas no tratamento de ejaculação precoce. A maioria dos modelos ultrafinos que você acha na farmácia, no entanto, tornam a diferença imperceptível.
2. Preservativo com sabor engorda?
Não, porque não tem calorias, apenas um tipo de flavorizante. Já os géis, as calcinhas e as cuecas comestíveis, feitas de gelatina, podem conter até 10 calorias, quantidade incapaz de causar ganho de peso ou obrigá-lo a maneirar na pizza. O gasto calórico do ato sexual (por mais moderado que seja) compensa o que se ingere.
3. Se a camisinha escapar dentro do canal vaginal, pode chegar ao útero?
Não, mas o esperma que há dentro dela chega. O orifício de comunicação do útero com a vagina é muito estreito. A camisinha que escapou fica no canal – se não puder ser retirada com o dedo, é preciso ir até o médico para que ele a remova.
4. Como as camisinhas são testadas pelos fabricantes?
Elas enfrentam verdadeiras sessões de tortura. A borracha sofre um processo de vulcanização para ficar ultraelástica sem perder a resistência, e recebe compostos químicos. Depois é colocada sobre moldes de vidro e seca. Todas são testadas eletronicamente. Outras são escolhidas aleatoriamente para passar por mais testes – se uma é reprovada, o lote vai junto.
A seguir, conheça alguns dos testes que são feitos:
Eletrocutadas
Todas passam por uma máquina que aplica nelas uma corrente elétrica. Se a energia não percorrer a superfície, sinal de que não há furinhos.
Infladas
Outro teste é o de insuflação: a camisinha tem que aguentar mais de 25 litros de ar. Se estourar em algum momento do processo, o lote é descartado.
Afogadas
Elas recebem água e são torcidas na ponta para o líquido não escapar. Depois, são enroladas em papel absorvente. Se ele umedecer, é porque as candidatas são uma furada.
Cozidas
Dentro de uma estufa de camisinhas, 72 horas passam devagar: equivalem a cinco anos de vida delas. É o teste de envelhecimento ou durabilidade.
5. Preservativos podem causar alergia?
Elas podem desencadear o processo em pessoas alérgicas ao látex. “Mas não é muito comum. Quando surge a irritação, normalmente é porque a camisinha escolhida não se adapta bem ao pênis e gera atrito excessivo”, diz Wagner Ávila, urologista da Sociedade Brasileira de Urologia.
Lubrificantes e componentes que dão sabor também podem causar o problema. Diversas marcas produzem linhas antialérgicas, que levam, no lugar do látex, alguns tipos de borracha sintética.
6. Qual o método contraceptivo mais seguro?
Entram vários nesse grupo – os que inibem a ovulação, como pílula, anel vaginal, adesivo, DIU com progesterona, implante e injeções hormonais. Mas a eficácia vai depender do uso correto. Por isso, aqueles que não são vulneráveis ao erro humano (ou seja, que não precisam que o usuário tome o remédio sem esquecer, sempre no mesmo dia) tendem a ser, na prática, mais garantidos.
7. A pílula do dia seguinte deixa de ter efeito conforme o uso?
Não é que deixa de ter efeito. O uso constante provoca a irregularidade do ciclo menstrual e, por isso, dificulta o monitoramento do período fértil e a chance de gravidez aumenta.
A anticoncepção de emergência, eficaz quando tomada até 72 horas depois do coito desprotegido, deve ser usada só como recurso devido a um descuido – e não como hábito.
8. Espermicidas prejudicam a fertilidade?
Não, porque eles atuam localmente, imobilizando e destruindo apenas os espermatozoides já liberados na ejaculação. E têm um tempo muito curto de ação (são minutos), que varia de acordo com o fabricante.
Índice de gravidez
Seguindo à risca o que mandam o médico e a bula, a chance de engravidar com estes métodos é a seguinte:
Implante – 0,05%
Pílulas combinadas – 0,3%
Pílulas de progestagênio – 0,3%
Adesivos – 0,3%
Anel vaginal – 0,3%
Injeções mensais – 0,3%
Camisinha – 2%
Pílula do dia seguinte – 2%
Tabelinha – 2 a 5%
Coito interrompido – 4%
Espermicida isolado – 18%