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Não é câncer: Google torna a busca por sintomas menos apavorante

O Doutor Google promete ser menos pessimista: vai parar de dizer que qualquer dor de cabeça é sintoma de alguma doença terminal. Veja como.

Por Helô D'Angelo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 11 mar 2024, 11h12 - Publicado em 1 jul 2016, 15h15

Você está com uma dor de cabeça chata, que não vai embora. As causas podem ser stress, falta de sono, óculos desregulado; raramente é algo mais grave, e você até sabe disso. Mesmo assim, curioso, digita “dor de cabeça” no Google – e se arrepende imediatamente: aneurisma, enxaqueca, câncer no cérebro e teníase são alguns dos primeiros resultados. Agora, você tem certeza que está para bater as botas. 

Pois é. As respostas do dr. Google nunca são aliviantes: diarreia vira câncer intestinal; secreção genital, gonorreia; dor muscular, sintoma de infecção por uma superbactéria rara, que está prestes a te comer vivo. Tenebroso.  

LEIA: É grave, dr. Google?

O Google sabe disso – e sabe também que não dá para impedir as pessoas de buscarem informações sobre seus sintomas. A única solução possível, então, é refinar o sistema de buscas para que os pacientes do Dr. Google não caiam direto em páginas sobre doenças graves quando estiverem com sintomas banais.

A ideia é simples: se você procurar “dor de cabeça”, por exemplo, o Google vai colocar – antes mesmo dos primeiros links – boxes explicativos sobre doenças relacionadas ao sintoma – e que não sejam tão aterrorizantes quanto o câncer, como “sinusite”, “enxaqueca”, “gripe” ou simplesmente “tensão”. Em cada box-sugestão de doença, haverá também mais informações, como outros sintomas, possíveis tratamentos e quais delas pedem uma visita ao médico. Mais ou menos assim: 

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sintomas google

Para ter certeza de que a relação entre o sintoma buscado e as doenças sugeridas fosse a mais precisa possível, o novo mecanismo foi criado em parceria com várias instituições médicas ao redor do mundo – entre elas, a Escola de Medicina de Harvard e a Mayo Clinic, dos EUA, a Apollo Hospitals, da Índia, e até o Hospital Albert Einstein, aqui do Brasil.  

​LEIA: O que a Internet esconde de você

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Esse sistema anti pânico já existe nos Estados Unidos desde o dia 27 de junho, e ainda não tem previsão de implantação em outros países – embora a empresa garanta que ele vem aí em breve. O atraso, segundo o Google, é porque as primeiras semanas estão servindo de testes: junto com os boxes explicativos, o site também pede a opinião dos usuários, para ver se a estratégia está mesmo fazendo diferença. 

Essa não é a primeira vez que o Google tenta melhorar as buscas relacionadas à saúde, que correspondem a uma em cada cem consultas diárias ao site. Desde março desse ano, quando você procura por doenças como “catopora” ou “dengue”, o site mostra verbetes explicativos escritos com a ajuda das mesmas instituições que auxiliaram no novo mecanismo anti pânico. Aqui no Brasil, por exemplo, 500 desses verbetes foram feitos com a ajuda do Hospital Albert Einstein. 

Mesmo com essas melhorias, o site reforça que qualquer busca relacionada à saúde – e especialmente a procura por sintomas – não deveria servir de diagnóstico. Lembre-se: o Dr. Google não tem diploma.

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