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O fogo salvou os seres humanos – mas também nos f*rrou

Ele nos ajudou a cozinhar, tunou nosso cérebro e afastou predadores - mas o fogo também trouxe uma série de problemas que, até agora, permaneciam no escuro.

Por Helô D'Angelo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 11 mar 2024, 11h23 - Publicado em 8 ago 2016, 15h15

Você já sabe que o fogo foi fundamental para a evolução dos seres humanos. Quando descobrimos o seu poder, cerca de 2 milhões de anos atrás, a vida se tornou muito mais fácil: aprendemos a cozinhar, ficamos mais aquecidos e ganhamos de brinde a proteção contra predadores. De quebra, melhoramos as nossas relações sociais, já que nossos antepassados passaram a se sentar em torno da fogueira para comer, contar histórias e fazer rituais. Aos poucos, tudo isso contribuiu para deixar o cérebro humano turbinado – e aí está o lado bom do fogo na evolução humana. 

Mas agora, pela primeira vez, dois estudos acabam de iluminar (rs) o lado ruim dessa história. O primeiro, da Academia Nacional de Ciências dos EUA, mostra que o fogo ajudou a causar e a transmitir uma das doenças mais fatais que existem: a tuberculose. De acordo com os cientistas, as primeiras fogueiras eram feitas em cavernas e outros espaços relativamente pequenos e fechados. Por isso, a fumaça acumulada, junto com o calor, acabou mudando o comportamento de algumas bactérias do solo, até então inofensivas, e desencadeado a doença. 

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O espaço pequeno com uma grande concentração de pessoas favoreceu a transmissão da bactéria, e pronto: a tuberculose fez suas primeiras vítimas. O fogo, segundo o estudo, foi mesmo o gatilho dessa primeira epidemia: os cientistas criaram um modelo matemático que previa a probabilidade da bactéria se desenvolver sem o calor e a luz da fogueira – e descobriram que, sem fogo, o microorganismo provavelmente não teria se desenvolvido.

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Já o segundo estudo, da Universidade Estadual da Pensilvânia, sugere que cozinhar a comida teve um efeito colateral: câncer. Isso porque os alimentos cozidos em altas temperaturas liberam uma substância chamada acrilamida, que já se mostrou cancerígenas em animais de laboratório. Hoje, não existem provas científicas de que a substância cause câncer em humanos – mesmo assim, a OMS a considera um perigo.

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Não foi só a saúde humana que o fogo prejudicou. Outras pesquisas já mostraram como as fogueiras tiveram impactos negativos na cultura também: foi com elas que aprendemos a queimar carbono, a fumar e também a dividir os papéis de gênero que permanecem até hoje – já que os homens saíam para caçar enquanto as mulheres ficavam para trás, cuidando do fogo e cozinhando. Mas ainda se sabe muito pouco sobre essa perspectiva negativa da evolução – então agora, é esperar para que os próximos estudos iluminem esse lado negro do fogo.

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