Neandertais usavam química para acender fogo
Um estudo está apontando que nossos primos distantes não ficavam dependendo de incêndios naturais, gravetos e folhas secas.
Os arqueólogos já descobriram um bocado sobre os neandertais, como a cor vermelha dos cabelos, a pele branca, os ossos fortes e a resistência ao frio e a dieta carnívora. Uma pergunta ainda ardia na comunidade científica: teriam eles dominado o fogo?
Até então, achavam que os neandertais contavam com o acaso de incêndios causados por raios. E só se davam ao trabalho de alimentar o fogo com gravetos e folhas secas. Mas não eram tão tolos assim.
LEIA: Homens das cavernas tinham piercings e tatuagens no pênis
Arqueólogos franceses analisaram escavações em Pech-de-l’Azé I, no sudoeste da França. E encontraram grandes quantidades de dióxido de manganês em resquícios de carvão e fuligem das fogueiras. Isso sugere que os neandertais não gastavam tanta energia atrás desse composto químico só para pintar o corpo, como suspeitavam os pesquisadores. E sim para fazer fogueiras.
Mas qual a relação desse mineral com fogo? Toda. Por ser um mineral muito abrasivo, quando moído e colocado sobre madeira, diminui a temperatura necessária para combustão – a centelha ideal para facilitar a vida dos nossos primos distantes.