Dois geneticistas, um australiano e outro sueco, provaram que não é só a corrida dos espermatozóides que determina quem vai ser o pai de um bebê, na hora de gerá-lo. O gameta feminino, ou óvulo, tem voz ativa na escolha do melhor espermatozóide para fertilizá-lo. Mats Olsson e seus colegas estudaram uma espécie de lagarto da areia chamado Lacerta agilis, cujas fêmeas cruzam com muitos parceiros, inclusive seus irmãos. Analisaram a herança genética de cada geração e observaram que os pais e mães que são parentes próximos têm uma prole bem menos numerosa do que parceiros com parentesco distante. A conclusão dos cientistas é que o organismo das fêmeas tem algum mecanismo para selecionar o gameta melhor equipado para fecundar os óvulos. O trabalho foi publicado na revista inglesa Nature.