O que é aquele aparelho usado no goleiro da França, na última Copa?
O spray, surgido no início dos anos 90, costuma utilizar nitrogênio líquido.
Fabio Volpe
Em “fisioterapês”, é um crio spray em formato de pistola – em bom português, um mecanismo que dispara um jato gelado, substituindo a aplicação de gelo no local de uma pancada. Na região machucada, ocorre a ruptura de pequenos vasos sangüíneos. Como o gelo tem efeito vasoconstritor – reduz a circulação de líquidos – diminuem as chances de surgirem hematomas e inchaços que atrasam a recuperação do atleta.
O aparelho é pouco usado no Brasil, e mesmo no resto do mundo, por dois motivos: primeiro, porque a breve aplicação do spray não substitui totalmente a tradicional sessão de gelo, que deve durar mais; segundo, por causa de uma contra-indicação: “Existe o risco de queimaduras na pele”, diz o fisioterapeuta Nivaldo Baldo, de Campinas, que já tratou craques como Juninho Paulista e Amoroso. O spray, surgido no início dos anos 90, costuma utilizar nitrogênio líquido. Quando liberado no ambiente natural, ele vira gás, expande-se rapidamente e “rouba o calor” do que estiver à sua frente – gelando, no caso, a perna do jogador.