(Clarissa Pinheiro Pereira, São Paulo, SP)
Pode sim, por isso sua colocação exige cuidados especiais. A principal precaução, obviamente, é esterilizar os instrumentos usados na perfuração e limpar bem a região da ferida. Assim, evita-se o risco de infecções e a transmissão de doenças como Aids e hepatite. “É também importante saber se a pessoa não tem alergia ao níquel ou à prata, principais componentes dos brincos”, afirma o dermatologista Fernando Augusto de Almeida, da Universidade Federal de São Paulo. Outro problema: o corpo pode reagir à agressão e formar quelóides – cicatrizes exageradas e permanentes. Quem tem propensão a problemas cardíacos deve ser ainda mais cauteloso. Um estudo realizado no ano passado pela Clínica Mayo, nos Estados Unidos, mostrou que o piercing foi o responsável por um em cada quatro casos de endocardite bacteriana – uma inflamação nas válvulas do coração.