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Psilocibina pode aliviar depressão de pacientes com câncer, diz estudo

O efeito de uma única dose do composto, presente em cogumelos, ajudou a reduzir os sintomas por até dois anos

Por Eduardo Lima
Atualizado em 18 jun 2025, 15h42 - Publicado em 17 jun 2025, 14h00

Um teste clínico mostrou que uma única dose de psilocibina, o composto psicodélico encontrado em algumas espécies de cogumelo, pode promover reduções de longo prazo em sintomas de depressão e ansiedade em pacientes com câncer que também sofriam com transtorno depressivo maior. Os efeitos da dose de 25 miligramas foram identificados por até dois anos depois do uso da substância.

No estudo, que já era uma fase 2 do teste, para avaliar a efetividade e a segurança de uma nova terapia, 28 pacientes que sofrem com câncer e com depressão clínica passaram por acompanhamento psicológico com profissionais antes, durante e depois do uso dos psicodélicos.

Os resultados do teste, publicados no periódico Cancer, da Sociedade Americana do Câncer, se somam a outras evidências de que a psilocibina pode oferecer auxílio de longo prazo para pessoas que sofrem com depressão.

A Austrália, por exemplo, aprovou a terapia controlada com psilocibina para ajudar pessoas com depressão ou transtorno de estresse pós-traumático em 2023. O tratamento com a substância encontrada nos cogumelos “mágicos”, como são conhecidos os alucinógenos, é direcionado para pessoas com depressão resistente, sem melhora com os tratamentos convencionais.

Alívio de longo prazo

Em entrevistas clínicas conduzidas dois anos depois do uso de psilocibina, vários participantes apresentavam melhora. Uma redução significativa da depressão foi observada em 15 pacientes, que representam mais de 50% do número total de participantes do estudo.

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O composto psicodélico também ajudou a reduzir a ansiedade de 12 dos participantes nos últimos dois anos. Metade dos participantes do estudo não só apresentou uma redução nos sintomas de depressão, como entrou em remissão do transtorno, sem apresentar indícios da doença.

Atualmente, outro teste randomizado está avaliando a efetividade de duas doses de 25 miligramas de psilocibina para pacientes de câncer com depressão. Alguns participantes recebem o composto dos cogumelos alucinógenos, enquanto outros recebem placebo. A ideia é partir do teste com uma única dose para ver se mais psilocibina pode ajudar mais pessoas.

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A psilocibina pode oferecer efeitos colaterais para alguns usuários, como as reações de pânico, ansiedade e confusão conhecidas popularmente como “bad trips”. Estudos passados ligaram a incidência mais frequente de reações de medo e paranoia a doses mais elevadas do composto. Em contextos controlados, como num estudo com acompanhamento psicológico, os efeitos colaterais são raros.

A depressão é mais prevalente entre pacientes de câncer do que na população geral, e é o transtorno psiquiátrico mais comum entre aqueles que lutam contra os tumores cancerosos. Essa doença também pode piorar o prognóstico de quem sofre com câncer, aumentando o risco de mortalidade.

Novos tratamentos para depressão que levem em conta a condição de pessoas com câncer, como esse, podem ajudar muitas pessoas que não vão experimentar muito alívio a partir de terapias mais convencionais.

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