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Remédio contra Alzheimer pode curar as cáries

Técnica, que funcionou em ratos, consiste em colocar uma esponjinha com o remédio dentro da cárie; especialistas questionam eficácia

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 jan 2017, 16h42 - Publicado em 31 jan 2017, 14h57

Tem muita gente que sente medo de ir ao dentista. Se você é um deles, não se preocupe: o tratamento contra as cáries pode ficar muito mais tranquilo. Um grupo de pesquisadores do King’s College, em Londres, descobriu um jeito de curar as cáries de ratinhos de laboratório estimulando o próprio corpo dos animais a produzir dentina — o tecido rígido, porém vivo, de que é feito o interior dos dentes de mamíferos — para preencher os buracos. E agora querem fazer a mesma coisa em seres humanos.

Cáries, afinal, nada mais são que espaços ocos abertos por bactérias que produzem ácidos corrosivos. Hoje, o único tratamento disponível é limpar a área corroída e então preencher o interior do dente com vários materiais, que vão de compostos com uma espécie de vidro em pó ou cerâmica a metais como prata ou ouro. O que os cientistas conseguiram foi fazer o dente se curar sozinho, produzindo sua própria dentina. Para estimulá-lo, foram inseridas nas cavidades esponjas biodegradáveis mergulhadas em vários remédios, entre eles o Tideglusib — droga, ainda em fase de testes, que combate Alzheimer. Depois, basta selar a esponja lá dentro e esperar a mágica acontecer.

O medicamento estimula as células-tronco disponíveis em uma região do dente chamada polpa. Essas células “multiuso”, capazes de assumir diferentes funções no corpo, vão gradualmente virando dentina e ocupando o espaço antes ocupado pela esponja. Em quatro ou seis semanas o novo recheio está saindo do forno.

O processo é promissor, e os pesquisadores calculam que a técnica possa passar de ratos para seres humanos em cinco anos. Outros especialistas, porém, têm ressalvas à técnica. “Especular que essa abordagem vai eliminar preenchimentos convencionais é muito prematuro”, afirmou Gene LaBarre, da Universidade do Pacífico, ao site Co.Exist. Isso porque ele só funciona com cáries bem profundas, que atingem a polpa do dente. E, nesse caso, há outras complicações. “Nesse tipo de cárie, a contaminação bacteriana e a inflamação vão tornar a regeneração quase impossível.”

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