Roberto Wüsthof, de Hamburgo
O neurocirurgião John Frazee, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, desenvolveu uma técnica nova para evitar a morte dos neurônios durante um derrame cerebral. Nessa hora, as artérias entopem, algumas células ficam sem sangue e sucumbem. Os danos podem tornar paralíticos os pacientes que sobrevivem ao ataque. O que Frazee fez foi descobrir um meio rápido de mandar líquido vital aos neurônios. Nos testes, o êxito foi total. “Minutos depois da cirurgia, vi gente mover membros que já estavam paralisados”, disse ele à SUPER. Seu próximo passo será testar a técnica em um número maior de pacientes.
Sangue na contramão
Um tubo entra pelas veias e leva sangue rico em oxigênio para o cérebro.
1. Nas primeiras 6 horas depois do início do derrame, o médico introduz cateteres na veia femoral do paciente e os empurra até o cérebro
2. Uma bomba especial retira sangue da artéria femoral, rico em oxigênio, e joga-o dentro dos cateteres.
3. Cerca de 150 mililitros de sangue oxigenado são bombeados por minuto nas veias do cérebro. O processo dura de 20 minutos a 3 horas.