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Uma barata pode transmitir até 250 milhões de fungos e bactérias

E as formigas e moscas tampouco são inocentes –carregam 13 e 72 milhões de micro-organismos nocivos, respectivamente

Por Luiza Monteiro
Atualizado em 14 fev 2020, 17h25 - Publicado em 17 ago 2018, 17h57

Não, você não leu errado. Aquele nojinho que sentimos quando esses insetos invadem nossas casas tem fundamento – eles são capazes de transportar milhões de fungos e bactérias em seus corpos e acabam disseminando esses microrganismos perigosos por onde passam.

O alerta vem de um estudo brasileiro conduzido por pesquisadoras da Universidade Metrocampo/Wyden, em Campinas (SP), que decidiram investigar se esses bichinhos realmente são nocivos à saúde e se eles serviriam de “meios de transporte” para agentes causadores de doenças.

Para obter essas respostas, a bióloga e professora da Metrocamp Rosana Siqueira e a aluna Rayanne Koeler saíram às ruas para, literalmente, caçar baratas, moscas e formigas. “Tivemos que coletá-las vivas, o que dificultou o trabalho, principalmente no caso das baratas”, relata Rosana à SUPER. Essas danadas têm hábitos noturnos e não frequentam qualquer lugar – preferem áreas escuras e sem pessoas (a rejeição é recíproca, cucarachas!).

No total, foram “sequestrados” 40 bichos. No laboratório, eles tomaram um banho com uma solução salina que os esterilizou das antenas às patinhas. “Depois, colocamos essa água em meios de cultura para identificar os microrganismos que eles estavam transportando”, conta a cientista.

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Os números são assustadores: em uma única barata as pesquisadoras chegaram a encontrar 250 milhões de fungos e bactérias, nas moscas foram identificados 72 milhões de representantes desses agentes infecciosos e, nas formigas, 13 milhões. Na lista estão bactérias como Salmonella, Escherichia coli e Shigella, que causam encrencas como dor de barriga, diarreia, vômito e febre; e fungos como Candida albicans, que provoca candidíase, e Rhodotorula, associado a micoses e até meningite.

Toda essa turma embarca nos insetos e contamina alimentos, objetos, utensílios domésticos… “Essas quantidades já são suficientes para causar doenças em pessoas saudáveis e, principalmente, em quem está com a saúde fragilizada, como idosos, pacientes de hospitais e crianças muito pequenas”, alerta Rosana.

Casa blindada

Para se ver livre desses intrusos, é fundamental manter a casa sempre limpa. A seguir, confira algumas dicas:

  • Se você é fã do lixinho em cima da pia da cozinha, melhor deixar essa praticidade para lá. Prefira o latão no chão mesmo – e lembre-se de trocar o saco com frequência. “Se possível, esvazie de manhã e à noite, para evitar o acúmulo”, orienta a pesquisadora. O mesmo vale para o lixo do banheiro, ok?
  • Ao jogar o lixo fora, amarre bem o saco para impedir que animais fucem a sujeira.
  • No banheiro, não deixe o tubo da pasta de dentes aberto ou resquícios do creme dental na pia. A doçura do produto é um prato cheio para insetos famintos.
  • Comer na cama ou no sofá é seu guilty pleasure depois de um dia de trabalho? Desculpe, mas sua mãe estava certa: lugar de comer é na mesa. “Geralmente, não limpamos esses lugares de forma tão profunda, como a cozinha. E os farelos podem atrair bichos”, lembra Rosana Siqueira.
  • Guarde o pote de açúcar bem fechado e, de preferência, na geladeira – aqui não, formigas!
  • Recolha o cocô e limpe o xixi do seu bicho assim que ele fizer suas necessidades. Os insetos não curtem apenas comidas gostosas, essas nojeiras também os atraem. Eca!
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