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As 6 tradições de Natal mais bizarras do mundo

Uma cidade que cai na porrada, um bode de palha incendiado – e um tronco que "defeca" presentes. Se você se cansou da sua festa natalina, opções não faltam.

Por Ana Carolina Leonardi Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 21 dez 2022, 14h53 - Publicado em 12 dez 2016, 19h14

Texto originalmente publicado em 2017.

Se você acha sua família estranha na época de festas, é porque ainda não conhece o vilarejo que sai na porrada anualmente nem o bode de palha que já sofreu mais tentativas de assassinato que Fidel Castro. Reunimos as mais estranhas, interessantes e hilárias tradições de Natal ao redor do mundo:

Peru: Porrada da paz

peru
(Reprodução)

Música, bebida, decorações, fantasias coloridas… e socos na cara. O Natal na província de Chumbivilcas, no Peru, é uma mistura de Carnaval com MMA. Isso porque, além de comer, beber e dançar, as comunidades se juntam em ginásios esportivos com um único propósito: sair na porrada.

O festival Takanakuy é um UFC da paz. No dia 25 de dezembro, começa a procissão: homens cantam em falsete chamando as pessoas até os ginásios. Desde pequenas as crianças aprendem que aquele som significa que chegou a hora de lavar a roupa suja.

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Os membros dos vilarejos – homens e mulheres, jovens e velhos – chamam por nome e sobrenome aqueles contra quem querem lutar. O motivo pode ser uma briga pessoal ou uma disputa comercial, por exemplo. Um juiz coordena a briga, tanto para que ela não dure tempo demais quanto para garantir que os lutadores cumpram as regras. Não pode bater no adversário caído, morder ou puxar os cabelos. A luta também tem certo apelo estético: como é um show para 3 mil pessoas, os lutadores precisam demonstrar golpes ágeis e habilidosos.

O objetivo por trás da tradição é que não fique nenhuma pendência entre os vizinhos e assim, a comunidade evite a violência desorganizada – o que não quer dizer que eles não aproveitem o Natal para bater de verdade:

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Suécia: Bode em chamas

bode-fogo
(Reprodução)

A temporada de festas na Suécia e em outros países europeus é chamada de Yule – e nessas festividades, existe a figura mítica do Bode de Natal. Ligado ao deus Thor, que andava em carruagens carregadas por bodes, o Bode Natalino representa a transição e o início das festividades, como predecessor do Papai Noel.

Todo ano, desde 1966, a cidade sueca de Gävle constrói um Bode Natalino gigantesco, feito de palha, para comemorar as Festas. Neste primeiro ano, o bode durou até a meia noite do Ano Novo – e aí começou uma outra tradição acidental, para o terror do governo local.

Todo ano o bode sofre verdadeiros atentados por parte da população, que parece ver mais graça em ver a palha queimar do que em ter um ornamento de Natal. Em novembro de 2016, o bode foi construído pela 50ª vez. De lá para cá, ele só sobreviveu 14 vezes.

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A administração local tentou de tudo. Construíram uma cerca. Dois anos depois, adolescentes bêbados queimaram o bode de longe, apenas 6 horas depois da construção. Em 1979, dobradinha: o primeiro bode queimou e o segundo foi feito à prova de fogo. Não adiantou: quebraram o segundo na mão mesmo.

Os anos em que o bode sobreviveu foram marcados por esquemas gigantes de segurança, com uma tropa de voluntários em 1990 e a presença da guarda suíça em 1993. Em 1996, foram instaladas câmeras de segurança. Em 2000, o bicho foi queimado e depois afogado no Rio Gävle. Em 2001, um turista americano ficou preso por 18 dias por ter incendiado o bode – e alegou que, até onde ele sabia, a prática era perfeitamente legal.

De lá para cá, o bode foi sequestrado em uma caminhonete, as webcams de segurança foram hackeadas e ele sofreu uma tentativa falha de sequestro via helicóptero. Não adiantou proteger com químicos antichamas nem reforçar a palha com camadas de gelo. A tradição vândala permaneceu.

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A última vez que o animal de palha sobreviveu foi em 2014, quando sofreu três tentativas de incêndio. Não é surpresa então que, em 2016, aniversário de 50 anos do Bode Natalino, um incendiário tenha atacado o ornamento com gasolina, como mostra a imagem acima. O bicho queimou e foi substituído por uma pequena réplica que, por sua vez, foi atropelada por um carro.

Espanha: Caga Tio

caga-tio
(Reprodução)

Nessa tradição da Catalunha, as crianças precisam “cultivar” um tronco de árvore. O Tío (tronco) ganha um rostinho e um cobertor. Precisa ser alimentado e aquecido todos os dias. Os pais mais dedicados chegam a trocar os troncos por pedaços maiores de madeira para fazer parecer que o tronco cresceu.

No dia da entrega de presentes, toda essa ternura muda de figura: as crianças batem com gravetos, cantando “Caga, tío” – literalmente pedindo para o tronco defecar seus presentes. Logo antes de começar a cantoria e a agressão, as crianças saem da sala e os pais depositam presentes pequenos debaixo da manta. Assim, depois que surraram o tronco o suficiente, as crianças retiram a manta e TÃ-DÃ: o intestino dos troncos deu origem a seus presentes de Natal. E você aí achando legal encontrar seu presente debaixo da árvore.

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Canadá: Terror Natalino

mummers
(Reprodução)

Em Newfoundland e Labrador, áreas afastadas do Canadá, as pessoas vestem máscaras – algumas bonitinhas, outras assustadoras – e saem entrando na casa umas das outras. O dono da casa só se livra dos visitantes quando consegue adivinhar quem está por trás de cada máscara. Então eles seguem para a próxima casa.

A procissão do terror é uma antiga tradição inglesa chamada de “mummery”, que só sobreviveu nessas regiões canadenses e em certas partes da Irlanda. Hoje em dia a tradição não é mais tão popular, mas quem deseja mantê-la – sem atrapalhar demais a privacidade alheia no Natal – pode participar de eventos como o Mummer’s Festival. É só montar a fantasia com o que tiver em casa, sem nada do glamour do Halloween, e mudar voz e até o jeito de andar para se tornar irreconhecível.

Venezuela: Missa sobre Rodas

patins
(Reprodução)

Ir à missa na véspera de Natal não é nada de estranho para brasileiros. Mas, na Venezuela, crianças e adolescentes ganham passe livre para ir de patins até a igreja, se forem à primeira missa do dia em Caracas, na capital do país. A tradição modernizada inclui a criação de festivais de rua, com brinquedos infláveis infantis e ruas totalmente fechadas para que as crianças passem o dia patinando em segurança.

Groenlândia: Peru Esquisito

ave-podre
(Reprodução)

Há algo de podre no Reino da Groenlândia. Esqueça o peru ou o chester de Natal: a ceia da população groenlandesa começa sete meses antes das festividades. Isso porque o prato típico é o Kiviak. Caçam-se aves típicas da região, que são colocadas dentro de uma pele de foca e enterradas. Lá dentro, elas fermentam por meses até a chegada do Natal, quando as aves putrefatas são preparadas para o banquete.

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