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8% da superfície terrestre pode afundar até 2040, sugere estudo

Problema vem do excesso de exploração subterrânea, como extrações de água, petróleo e gás. Mais de 635 milhões de pessoas podem ser afetadas.

Por Rafael Battaglia
Atualizado em 22 jun 2022, 18h41 - Publicado em 7 jan 2021, 17h29
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  • Na última semana, uma pesquisa publicada na revista Science trouxe estimativas preocupantes. Segundo ela, 12 milhões de quilômetros quadrados do solo terrestre (8% da superfície da Terra) podem sofrer com problemas de sustentação até 2040 e afundar – algo que afetaria mais de 635 milhões de pessoas.

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    A origem do problema está no que os geólogos chamam de subsidência, um fenômeno no qual o solo perde capacidade de sustenção devido a atividades como extração de petróleo, gás e água subterrânea. Normalmente, a taxa de afundamento gira em torno de poucos centímetros por ano – a longo prazo, porém, as coisas podem ficar complicadas.

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    O problema não é novidade. Em 2019, noticiou-se que Jacarta, capital da Indonésia, sofre com uma crise de afundamento do solo. Previsões indicam que, até 2050, 90% do norte da cidade pode ficar submerso. A região é pantanosa – 13 rios passam por lá –, o que agrava a situação.

    Além disso, boa parte da população local de Jacarta usa água subterrânea para as necessidades do dia-dia, desde cozinhar até para beber. A extração de água, diga-se, é uma das maiores causas de subsidência. No estudo, que revisou diversas pesquisas já existentes sobre o tema, os cientistas identificaram mais de 200 locais, em 34 países, onde a raiz do afundamento estava na exploração de lençóis freáticos.

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    Para dimensionar o problema, os pesquisadores elaboraram um modelo que projeta a subsidência global futura. Ele leva em conta as tendências de afundamento do solo das últimas décadas, o crescimento populacional e o consequente aumento da demanda por água.

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    Com isso, eles estimaram que 1.596 grandes cidades possuem áreas com risco de afundamento. São centros urbanos densamente povoados em regiões irrigadas, com alto uso de água subterrânea – 57% deles também estão propensos a sofrer inundações.

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    Dentre os locais mais atingidos estarão o norte da China, a planície costeira do Golfo do México, deltas de rios no Vietnã, Egito e Holanda e bacias sedimentares no México, Irã e Mediterrâneo. Das 635 milhões de pessoas que podem ser afetadas, 86% delas vivem na Ásia.

    O estudo pode ajudar governos e líderes mundiais a formularem estratégias de mitigação do problema, como pensar em fontes alternativas de água e explorações conscientes do solo, tanto das pessoas como das indústrias. Hoje, apenas China e Holanda levam em conta o afundamento do solo ao planejar suas economias.

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