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Abelhas que vivem na catedral de Notre-Dame sobreviveram ao incêndio

Três colmeias que ficam no telhado acima da sacristia produzem mel doado aos pobres de Paris — e parece que elas não foram consumidas pelas chamas.

Por A. J. Oliveira
Atualizado em 23 abr 2019, 18h05 - Publicado em 23 abr 2019, 18h04

Autoridades francesas se esforçam para determinar as causas e o tamanho do estrago do incêndio que arruinou boa parte da catedral de Notre-Dame no último dia 15. Em meio a tanta destruição, temos enfim uma boa notícia: tudo indica que as 180 mil abelhas residentes na catedral gótica não pereceram com o fogo.

Os insetos são mantidos em caixas de madeira acomodadas no telhado da igreja, pouco acima da sacristia. Não muito distante do telhado principal, área mais atingida pelas chamas. Contrariando as expectativas, Nicolas Geant, apicultor da catedral, anunciou pelo Instagram que as três colmeias “permanecem no lugar e parecem estar intactas”.

Mas era cedo demais para comemorar, já que não havia garantia de que as abelhas estavam mesmo vivas. Geant explicou à CNN que a cera derrete aos 63 graus Celsius. “Se a colmeia tivesse atingido aquela temperatura, a cera teria derretido, grudado as abelhas uma na outra e elas teriam todas morrido”.

A dúvida só foi efetivamente sanada na última quinta-feira (18), quando um dos encarregados pela manutenção da igreja confirmou que os insetos passavam bem. “Eu recebi um telefonema de Andre Finot, porta-voz de Notre-Dame, que disse que havia abelhas voando para dentro e para fora das colmeias”, disse Geant.

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Abelhas não têm pulmão, e essa foi a sorte delas durante o incêndio da catedral francesa. É provável que as caixas de madeira tenham sido completamente envolvidas pela fumaça e, ao contrário dos humanos, esses bichinhos voadores lidam relativamente bem com isso. Há séculos, inclusive, apicultores aplicam fumaça nas colmeias para facilitar a retirada do mel.

Sabe-se que as partículas interferem na emissão de feromônios emanados pelas abelhas-guarda, cuja função é proteger a colônia. O fumacê também estimula os insetos a se empanturrarem de mel como uma forma de se prepararem para deixar a colmeia. Então, há boas chances de que as moradoras de Notre-Dame tenham conseguido se salvar.

Curiosamente, criações urbanas de abelhas são comuns em Paris, cultivadas como um hobby na estrutura de museus e outros edifícios icônicos. Alguns deles vendem o mel produzido em lojinhas de souvenir. Não Notre-Dame. A produção da catedral é doada aos pobres. O apicultor Geant ainda não pôde chegar até suas colmeias e averiguar se todas as moradoras, de fato, sobreviveram. “Mas ouvir que elas estão vivas é simplesmente maravilhoso.”

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