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Apple? Google? Microsoft? A ação que mais subiu nos últimos 20 anos é de um energético

Papéis da empresa se valorizaram mais de 70.000% nos últimos 16 anos - superando até a Netflix

Por Rafael Battaglia Popp
6 nov 2019, 15h36

Se você pudesse voltar para o começo deste século para investir no mercado de ações, em qual empresa você colocaria o seu dinheiro? Companhias do ramo de tecnologia, como a Apple, parecem boas apostas, assim como a Netflix, que de locadora passou a ser um dos gigantes do entretenimento. Mas a melhor opção, na verdade, está em outra área – a de energéticos.

Pois é. A Monster é a empresa que melhor se saiu na bolsa de valores dos EUA no século 21. Desde 2003, quando abriu seu capital, as ações da companhia subiram mais de 70.000%. Criada na Califórnia, a empresa de bebidas começou com sua ação valendo cerca de US$ 0,10. Hoje, ela custa US$ 63. O valor de mercado da Monster saiu de US$ 1 milhão para mais de US$ 39 bilhões. Se no começo dos anos 2000 você tivesse investido US$ 100 do seu salário em ações da Monster, hoje você teria, aproximadamente, US$ 62.000 no bolso. 

A Netflix fica em segundo lugar no ranking. As ações do serviço de streaming tiveram um retorno de 30.359% no mesmo período. Em terceiro, está a Tractor Supply, empresa de suprimentos e equipamentos agrícolas dos EUA, cujas ações cresceram 10.240%. O top 10 das ações que mais cresceram na bolsa norte-americana é bem diversificado. Há empresas de diversos setores, como varejo (a rede de lojas de roupas Ross, com 4.161%), pagamentos (Mastercard, com 5.495%) e, claro, tecnologia (a Apple é apenas a nona da lista, com 4.900%).

A Monster detém 35% do mercado de energéticos – além da bebida que leva o nome da empresa, a companhia também é dona de outras marcas, como Burn e NOS.  Além disso, ela tem uma parceria com a Coca-Cola, que distribui os energéticos da Monster (e também é sua principal acionista, com uma fatia de 19% da companhia).

Para não dizer que tudo vai muito bem, obrigado, as ações da Monster caíram depois do ápice dos 70.000%. O motivo? Além da oscilação natural do mercado, novos competidores entraram na disputa. A Amazon, por exemplo, começou a vender um energético próprio, bem como a (veja só) própria Coca-Coca. A empresa de bebidas começou, em abril, a vender o Coca-Cola Energy em alguns países da Europa. As coisas ficaram um pouco mais difíceis para a fabricante de energéticos – mas nada que vá atrapalhar o pé de meia de quem investiu nela anos atrás.

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