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Conheça a tartaruga Mommy, que se tornou mãe pela primeira vez aos 100 anos

Além de baterem um recorde, os filhotes devem ser cruciais para a recuperação de uma subespécie de tartarugas-das-galápagos criticamente ameaçada de extinção.

Por Bela Lobato
4 abr 2025, 18h00

Geralmente, as mães de primeira viagem recebem ajuda de mulheres mais velhas, anciãs cheias de conselhos. A tartaruga Mommy, que vive há 93 anos no Zoológico da Filadélfia, nos EUA, não pode contar com isso. Com mais de 100 anos, ela é tanto a mãe de primeira viagem quanto a anciã do grupo.

A tartaruga centenária deu à luz a quatro filhotes no final de fevereiro– uma ótima notícia para uma espécie ameaçada. Os bebês farão sua primeira aparição pública no zoológico no final de abril. 

Mommy é uma tartaruga-das-galápagos (Chelonoidis niger porteri), pertencente a uma subespécie nativa da Ilha de Santa Cruz, em Galápagos. Essas são as maiores tartarugas do mundo: os machos podem chegar a 225 quilos, e as fêmeas, a 115 quilos. 

Os cientistas estimam que eles podem viver entre 100 anos e 200 anos – o que significa que Mommy, com seus cento e poucos anos, nem é tão velha assim (a idade exata desses bichos é difícil de ser estimada). Como outros répteis, as tartarugas podem se reproduzir durante toda a vida. 

Como a espécie de Mommy está criticamente ameaçada de extinção, os zoológicos tentam promover a reprodução em cativeiro dos animais. Nesse caso, Mommy recebeu a visita de Abrazzo, uma tartaruga-das-galápagos macho que já havia feito alguns filhotes durante sua estadia no Zoológico e Jardim Riverbanks, na Carolina do Sul, nos EUA.

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“Em um determinado momento, cada uma das Ilhas Galápagos tinha sua própria subespécie de tartaruga de Galápagos, mas, infelizmente, várias delas estão extintas”, disse, em comunicado, Rachel Metz, vice-presidente de bem-estar animal e conservação do zoológico. “Esses filhotes não apenas protegem a espécie da extinção, mas também servem como importantes embaixadores para inspirar os visitantes a salvar a vida selvagem e os lugares selvagens”, 

Desde 2023, Mommy já havia botado quatro ninhadas de ovos, mas nenhum eclodiu. Em novembro de 2024, ela botou 16 ovos, que foram coletados por cuidadores e colocados em uma incubadora artificial. 

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Como a maioria das tartarugas e cágados, o sexo dos filhotes de tartaruga-das-galápagos é determinado pela temperatura em que os ovos são incubados. Temperaturas abaixo de 28º C produzem machos, enquanto temperaturas acima de 29,5º C produzem fêmeas. Metade dos ovos foi para uma temperatura e metade para outro, mas apenas os ovos das fêmeas eclodiram até agora.

Fotografia do filhote de tartaruga ocidental.
Os filhotes farão sua estreia pública em 23 de abril, que é o 93º aniversário da chegada de Mommy ao zoológico. (Philadelphia Zoo/Reprodução)
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Ashley Ortega, que coordena o Plano de Sobrevivência das Espécies de Tartarugas-das-Galápagos em cativeiro no Gladys Porter Zoo, no Texas, disse no comunicado que o programa estava “emocionado” por ajudar a dar as boas-vindas aos filhotes e observou que o fato de Mommy ter se tornado a fêmea mais velha de sua espécie a dar à luz pela primeira vez tornou o feito ainda mais incrível.

“Antes dos filhotes, havia apenas 44 tartarugas-gigante-de-Santa-Cruz-Ocidental em todos os zoológicos dos EUA juntos, portanto, essas novas adições representam uma nova linhagem genética e uma ajuda muito necessária para a população da espécie”, disse Ortega. “Estamos animados para saber mais sobre como podemos replicar esse sucesso em outros zoológicos credenciados, já que a equipe da Filadélfia realizou algo que parecia impossível.”

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