Conversa de taxista agora é proibida – em taxis no Japão
Para o bem dos passageiros introvertidos, a regra é clara: os motoristas estão proibidos de puxar papo.
Chegam ao fim os papos sobre o clima, os gols da rodada ou os últimos escândalos políticos. Ao menos para quem usa um específico serviço de táxi da cidade de Kyoto, no Japão. Uma empresa que opera na região, a Miyako Taxi, tem testado um serviço em que os motoristas são orientados a ter interação zero com que está no banco de trás. Os “Silent Taxis”, como o próprio nome sugere, têm a tarefa de dar aos passageiros um percurso tranquilo, sem a obrigação de participar de conversas indesejadas.
A recomendação de silêncio, no entanto, não é assim tão restrita: os taxistas podem cumprimentar os passageiros, além de comentar questões operacionais como rotas e o destino da corrida. Mas só. Salvo em caso de uma emergência, eles não podem iniciar uma conversa. E, como forma de garantir isso, a recomendação vem explícita em um aviso colocado no encosto do banco do motorista. No entanto, a medida vale apenas para os funcionários: passageiros tagarelas não serão cortados se estiver a fim de puxar papo.
Como disse em um pronunciamento oficial, a empresa pretende garantir corridas mais confortáveis aos viajantes. Até agora, dez dos 354 carros que a empresa possui, operam sob a famosa regra da vaca-amarela. A novidade só tem duas semanas de existência, mas a empresa pretende expandir o serviço.
A contratação de corridas especializadas parece ser uma tendência crescente na cidade japonesa. Kyoto passou a contar também, no fim do mês passado, com um serviço próprio para conduzir ao hospital mulheres prestes a dar a luz. Com dinâmica similar a dos veículos da Uber, os “Sankyu cars” são operados pela empresa de táxi Furusato Kotsu, e estão equipados com um kit gravidez – que inclui toalhas e reservas de água, caso o trabalho de parto se inicie no interior do veículo mesmo.