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Fórum Mobilidade 2017

O alerta vermelho do trânsito está ligado há décadas, mas nunca houve tantas soluções no horizonte

Por Pâmela Carbonari Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
25 ago 2017, 15h01

Para discutir as soluções para o trânsito, a SUPER e a QUATRO RODAS reuniram especialistas e organizaram o Fórum Mobilidade, que aconteceu no dia 20 de julho, em São Paulo. Veja algumas saídas que debatemos por lá.

(Guilherme Henrique/Divulgação)

1. Menos viadutos, mais fibra ótica

A solução para acabar com os engarrafamentos não é construir mais vias, mas rever certos vícios. A própria ideia de “hora do rush”, com todos se espremendo para ir da periferia ao centro pela manhã e fazendo o caminho inverso à tarde, é anacrônica. “Não faz sentido atravessar a cidade para conectar-se a um computador”, disse Walter Longo, presidente do Grupo Abril, na abertura do evento. Sérgio Avelleda, secretário de transportes de São Paulo, expressou o mesmo ponto de vista: “Precisamos de internet rápida longe dos grandes centros. Dessa forma, empresas de telemarketing, por exemplo, poderiam se instalar nas periferias.”

“Temos que desenvolver centros econômicos em várias regiões das cidades”
Sérgio Avelleda, secretário de transportes da cidade de São Paulo

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2. O fim do carro individual

Há oito anos, o Brasil tinha 24,7 milhões de carros. Hoje são 35,6 milhões infartando as veias e artérias urbanas. Pior: cada um transporta só 1,4 pessoa por dia (3 indivíduos a cada 2 automóveis). Não dá mais. Mas isso tem conserto, e ele não envolve o fim dos carros, mas o fim dos carros individuais – de modo que cada veículo sirva a uma centena de cidadãos por dia, em vez de 1,4. “O carro será cada vez mais um serviço, em vez de uma propriedade”, disse Matheus Moraes, diretor da 99. “Trata-se do uso mais eficiente possível de uma capacidade já instalada, que são os próprios veículos.”

“O vilão da mobilidade não é o carro, mas o uso que se faz dele”
Guilherme Telles, diretor-geral do UBER Brasil

3. Tráfego nas nuvens

Outra saída para a mobilidade não está no chão, mas na nuvem. Na nuvem de dados. Pense no Waze: milhares de motoristas conectados ao app criam eles próprios informações precisas sobre o trânsito, beneficiando toda a comunidade de usuários. O passo seguinte é elevar essa conexão a um novo patamar, ligando os carros (e ônibus) aos sistemas que controlam o tráfego. Um futuro em que todos os carros estejam conectados a todos os semáforos, por exemplo, permitiria criar mais “ondas verdes” – aquela situação em que você pega vários sinais verdes em sequência numa avenida. Mais, fluidez; menos estresse.

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“Estamos instalando wi-fi NOS semáforos, para tornar inteligentes os sistemas de controle de tráfego”
João Octaviano Machado Neto, presidente da CET

4. Sua majestade, o pedestre

“Não adianta investir em transporte se a caminhada da casa do cidadão até o meio de transporte for hostil”, disse Mateus Silveira, especialista em inovação da Fiat. “A Avenida Paulista é um bom exemplo de acessibilidade: tem calçadas largas, faixa para ônibus, lugar para carro, metrô e, aos domingos, ainda vira espaço de lazer”. A cicloativista Renata Falzoni também lembrou que cidade inteligente é cidade que busca não criar transtornos aos pedestres. “Quando as pessoas atravessam no lugar errado, você precisa analisar se não é a faixa de pedestre que está no lugar errado – se ela foi projetada fora do caminho que as pessoas fazem naturalmente.”

“Andem pelas ruas. Assim vocês vão encontrar soluções para os seus problemas pessoais. E para os da cidade também”
Renata Falzoni, cicloativista

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