Sede de Oxford no Brasil deve receber alunos no começo de 2024
As inscrições para cursos de pós no centro de pesquisas (o primeiro do tipo que a universidade abre fora do Reino Unido) devem abrir até o fim deste ano.
Uma das mais antigas instituições de ensino do mundo em atividade, Oxford está saindo do Reino Unido pela primeira vez (onde foi fundada, em 1096) – e aterrissando no Brasil.
A Oxford Brazil Unit, já instalada no país, fica no Rio de Janeiro. As inscrições para cursos de pós-graduação devem abrir ainda no final de 2023, com as primeiras aulas começando em 2024. A instituição também planeja abrir cursos de mestrado e doutorado, mas ainda sem previsão.
Atualmente, há duas sedes físicas da instituição britânica por aqui. A primeira divide prédio com o Instituto Carlos Chagas, onde são realizadas pesquisas independentes, com financiamento externo. Já na segunda, localizada no Centro Cultural do Ministério da Saúde, é voltada para projetos com o órgão.
União transatlântica
A vinda de Oxford para o Brasil já era assunto desde 2021. A conversa começou com as parcerias com o governo brasileiro para o desenvolvimento da vacina Astrazeneca contra a Covid-19. Imunizantes e saúde global serão o foco de ensino nos cursos da instituição.
Mirando o apoio à pesquisa e fomento à ciência no Brasil, a iniciativa busca formar novos cientistas, incentivando a condução de pesquisas clínicas e o desenvolvimento de fármacos e vacinas na América Latina.
Oxford não é a primeira universidade gringa a se aventurar em terras brasileiras. Há um escritório de Harvard em São Paulo. A Universidade do Sul da Califórnia e a Universidade de Columbia são algumas das que marcam presença por aqui também.
A instituição britânica vê com bons olhos a oportunidade de espalhar suas salas para o país. O Brasil tem pesquisas de excelência na área da saúde, e a parceria é uma forma de fortalecer e incentivar investimentos nacionais.
“O talento e a qualidade da ciência brasileira foram reconhecidos. Podia ser em qualquer lugar do mundo, em qualquer época, mas aconteceu com a gente, aqui”, conta a Dra. Sue Ann Costa Clemens, infectologista carioca que coordenou os testes da vacina contra Covid-19 produzida por Oxford e é diretora da Brazil Unit.