O satélite Soho (Observatório Heliosférico), operado pela Nasa e pela Agência Espacial Européia, está numa posição privilegiada. Flutuando 1 milhão de quilômetros acima da atmosfera terrestre, ele consegue fotografar o Sol em cenários quase surrealistas. Como o da foto grande ao lado, que mostra um cometa mergulhando na estrela. Ou das fotos menores, batidas no dia 23 de dezembro, no início de uma série de explosões solares que chegou ao auge no dia 6 de janeiro. Essas erupções lançam ao espaço bilhões de toneladas de partículas carregadas de eletricidade. Quando vêm em direção à Terra, elas se embaraçam no campo magnético do planeta, provocando intensas auroras boreais e interferência nos sinais de telecomunicação. Em janeiro, a chuveirada de partículas chegou por aqui em quatro dias. A radiação aumentou 10 000 vezes. Vários satélites entraram em pane. Estima-se que o prejuízo tenha chegado a 200 milhões de dólares. E ainda vem explosão maior por aí. É que, quanto mais perto a gente está do ano 2 000, mais o Sol se aproxima do pico de atividade em seu ciclo periódico de 11 anos. Se você quiser ver mais desse espetáculo, vasculhe a galeria de imagens da home page da Soho, na Internet: https://sohowww.nascom.nasa.gov/gallery.