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Algoritmo reconstrói desenhos deteriorados de Van Gogh

A rede neural desenvolvida por pesquisadores é especializada em reconhecer e recriar a aparência original das obras.

Por Maria Clara Rossini
23 set 2019, 18h41

O tempo e a má conservação já maltrataram muito as obras de arte que conhecemos hoje. A tinta acaba perdendo a cor, as linhas se confundem e o desenho se torna menos visível. Mas é claro que elas nem sempre foram assim — e agora dá pra saber como era a aparência original dessas produções.

Pesquisadores da Universidade Técnica de Delft, na Holanda, criaram uma rede neural para “prever” como seriam as obras sem a degradação do tempo. O primeiro caso analisado foi nada menos do que os desenhos produzidos por Van Gogh.

(Zeng, van der Lubbe & Loog/Divulgação)

A escolha faz todo o sentido. Os desenhos de Van Gogh foram extremamente danificados no último século. Muitos historiadores manusearam as obras ao tentar reconstruir as ilustrações ao longo dos anos.

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As redes neurais são algoritmos treinados para realizar tarefas (como o reconhecimento de padrões) a partir da análise de várias informações, tudo isso inspirado no cérebro humano. O algoritmo desenvolvido na pesquisa foi treinado justamente para reconstruir as obras de Van Gogh digitalmente.

Para isso, os pesquisadores usaram um banco de dados com várias versões dos desenhos originais feitas por historiadores ao longo das décadas. As versões variam em qualidade e data de produção, mostrando diferentes estágios de desgaste.

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“Os exemplos usados no estudo são reproduções dos desenhos originais em que o conteúdo e as cores foram menos deterioradas, e estão mais próximas da obra original feita por Van Gogh”, diz Jan van der Lubbe, um dos autores do estudo. A ilustração abaixo é um exemplo de um dos trabalhos já restaurados.

(Zeng, van der Lubbe & Loog/Divulgação)

O aprendizado de máquinas tem sido muito utilizado na análise de obras de arte, mas boa parte foca no reconhecimento de falsificações. Em entrevista ao TechXplore, van der Lubbe diz que poucos trabalhos anteriores usaram essa técnica para focar na reconstrução digital das obras.

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O algoritmo também pode ser usado em outros desenhos e manuscritos, além de ajudar a pensar em melhores estratégias de conservação e restauração. Atualmente, os desenhos originais de Van Gogh não podem ser expostos ao público e é possível que se percam totalmente em algumas décadas.

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