Um nariz eletrônico capaz de suportar grandes pressões pode ajudar os oceanógrafos a descobrir novos tipos de microrganismos a mais de 2 quilômetros de profundidade nos abismos oceânicos. Desenvolvido pela Universidade de Delaware, nos Estados Unidos, o aparelho é um sensor químico feito para detectar compostos de enxofre nas chamadas chaminés submarinas – os vulcões marinhos que formam um dos ecossistemas mais esquisitos do mundo. As moléculas sulfurosas cuspidas por essas chaminés, como o sulfito de hidrogênio e o monossulfito de ferro, são quentíssimas e tóxicas. Mas servem de pista para localizar bactérias que habitam os vulcões e podem ser úteis na descoberta de novos remédios e alimentos. Muitas dessas moléculas são produto do metabolismo desses micróbios, que, sem luz solar, tiram a energia de substâncias inorgânicas presentes nas chaminés.