App da Netflix ficará indisponível para alguns usuários
Clientes com dispositivos Android não conseguirão mais ver o app na Play Store; restrição pode chegar a smartphones desbloqueados
A Netflix começou a impedir que alguns de seus usuários façam download de seu aplicativo. O serviço de streaming anunciou que dispositivos Android com root e, talvez, os desbloqueados (como os vendidos no Brasil–veja mais informações abaixo) não terão mais acesso ao app na Google Play Store a partir da versão mais recente.
Em um comentário enviado ao site Android Police, a Netflix explica as mudanças. A partir de agora, a empresa passa a aceitar a certificação feita pelo sistema Widevine DRM, do Google. Smartphones classificados como não-seguros, não poderão baixar o app–provavelmente uma maneira de garantir que arquivos de filmes e séries não sejam “roubados” e compartilhados em outras redes.
Os dispositivos são classificados em três níveis de segurança. Aparelhos com modificações feitas pelo usuários não poderão baixar o app. Essa prática é conhecida como root, que serve para que o usuário faça alterações no sistema operacional, como apagar apps fixos, entre outras modificações.
Usuários brasileiros já reclamaram sobre o bloqueio nos comentários do app na Play Store. “Só porque tem root não pode usar? Muito fácil usar esse método para tentar acabar com os problemas, mas tem gente que usa root só para melhorar o smartphone”, diz um dos comentários.
Aparelhos desbloqueados
De acordo com o Android Police, usuários com smartphones desbloqueados também não conseguiram baixar o app da Netflix. Essa informação causa preocupação entre usuários brasileiros. Diferentemente dos EUA, por aqui, a maioria dos dispositivos vendidos é desbloqueada.
Essa restrição faria com que muitos usuários brasileiros não pudessem mais baixar ou atualizar seus aplicativos da Netflix, independentemente de uma assinatura paga em dia.
EXAME.com tentou contato com a Netflix Brasil para esclarecer o assunto. Até o momento, no entanto, a empresa não se pronunciou.
Este conteúdo foi publicado originalmente em Exame.com