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Equipamentos – Hospital em casa

Nos próximos anos, você vai fazer exames rapidinho em casa, e os resultados irão direto para o computador do médico. Bem-vindo à medicina online

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h47 - Publicado em 16 abr 2011, 22h00

Tiago Cordeiro

Você vai ao médico e ele pede que faça um exame de sangue. Saindo do consultório, você agenda a coleta num laboratório, desloca-se até lá e aguarda alguns dias para receber o resultado. Só então dá para marcar o retorno da consulta. Em breve isso não será mais necessário – pelo menos para exames simples, como de glicose, colesterol e triglicérides.

Aparelhos de diagnóstico portátil permitirão fazer exames em casa. O resultado será enviado em tempo real ao médico, que faz a avaliação em qualquer canto do mundo e a encaminha para o paciente. E nada daquelas agulhas de calibre amedrontador: vai precisar de só uma gotinha de sangue.

“Queiram ou não os médicos, pacientes são muito mais bem informados sobre sua própria saúde do que há alguns anos. Logo terão em casa todos os equipamentos necessários para um monitoramento ainda mais seguro”, diz Bill Hanson, professor da Universidade da Pensilvânia e autor de The Edge of Medicine (“O Limite da Medicina”, sem versão em português). “Os médicos também ganham tempo. Em seus quartos, as pessoas vão ser mais bem monitoradas do que muitos pacientes de hospitais.”

E, nos países mais pobres, a medicina a distância salvará vidas. Ongs investem no diagnóstico por celular em áreas onde é mais fácil ter sinal que achar um hospital.

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LENÇOL-FREQUENCÍMETRO
Um “conjunto de cama” da Philips monitora portadores de doenças cardíacas crônicas a distância. Eletrodos instalados na fronha e na altura do pé no lençol acompanham os batimentos cardíacos. Já sensores na altura do peito monitoram a respiração e movimentação do corpo. Esses dados e outros coletados todo dia pelo paciente – como peso, pressão arterial e eletrocardiograma – vão para médicos e enfermeiros pela internet. Os testes com voluntários terminam em 2012.

DOUTOR DE BOL
Em Ruanda, 50 pessoas soropositivas receberam celulares com um aplicativo que monitora sua saúde. Elas respondem um questionário de rotina – o mesmo que o médico faria no consultório – e os dados vão para uma central. Já no México o projeto Medicall atende 4 500 pessoas pelo celular. Bastam US$ 5 por mês para médicos tirarem suas dúvidas.

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LABORATÓRIO CASEIRO
Pesquisadores da Universidade de Leeds, no Reino Unido, já têm um protótipo doméstico que em 15 minutos mede biomarcadores – substâncias do nosso organismo que, nas concentrações fora do normal, podem indicar doenças. Enquanto isso, a Universidade da Califórnia desenvolveu um escâner manual que, numa pequena amostra de sangue ou urina, pode identificar 100 mil tipos de células diferentes.

DO QUARTO PARA O MUNDO
Gerar informações não é suficiente: é preciso gerenciá-las. Neste momento, as americanas GE e Intel investem US$ 250 milhões em aparelhos caseiros de monitoramento totalmente integrados aos médicos, que têm acesso a dados e vídeo. Já a Universidade da Califórnia e a AT&T desenvolvem um projeto de US$ 30 milhões para conectar entre si todos os centros médicos do estado e, depois, casas nas regiões mais afastadas.

CHIPS IMPLANTADOS
Desde 2007, 3 entidades de pesquisa trabalham no desenvolvimento de um chip que, inserido cirurgicamente no cérebro, interpretaria os pulsos nervosos do órgão e preveniria problemas neurológicos, em especial a epilepsia. Os pesquisadores das faculdades de engenharia e de medicina da Universidade da Flórida e do McKnight Brain Institute prometem que vão alcançar o objetivo até o fim de 2011.

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PÍLULAS INTELIGENTES
Para aumentar a eficácia dos remédios via oral, empresas e universidades desenvolvem cápsulas identificadas por radiofrequência. A IntelliCap, da Philips, mede a acidez e a temperatura do estômago, indica a posição da cápsula no organismo e determina a hora certa de liberar o medicamento – em doses controladas. O protótipo está pronto para chegar ao mercado. Já a californiana Proteus tem um chip que, inserido num medicamento, faz o mesmo serviço – estará disponível daqui a 4 anos. Esse tipo de pílula é especialmente útil para medicamentos de controle de diabetes, liberados quando a taxa de glicose cai, e uma doença do intestino chamada doença de Crohn – seu tratamento atual é contraproducente, pois boa parte do princípio ativo é absorvida antes de atuar.

FOTOS DA AÇÃO DE REMÉDIOS
Novos equipamentos permitem enxergar a eficácia de remédios no organismo, ao vivo e com um detalhamento inédito. Aparelhos de monitoramento por imagem já existem há tempos, mas pesquisadores da Universidade Rice prometem dar um passo além: fotografam células específicas, em especial as cancerígenas, injetando nanopartículas no sangue do paciente. Essas partículas emitem luzes fluorescentes, que são captadas por uma câmera digital com filtros próprios. Com esse recurso, os médicos não visualizam mais apenas o tamanho do tumor mas a forma exata como ele reage a tratamentos específicos.

 

 

FRACAS!

FAL HERÓI
O ópio era o remédio do século 19: tratava diarreia, tosse, cólicas e acalmava crianças em creches. Só que viciava. A Bayer então achou ter encontrado a solução ao sintetizar a diacetilmorfina, que vendeu como remédio contra tosses. Seu nome? Heroína.

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