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Excursões siderais

Empresas querem levar turistas ao espaço.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h49 - Publicado em 30 set 2006, 22h00

Tiago Cordeiro

O turismo espacial está a um pequeno passo de virar realidade. Cerca de 300 pessoas já compraram sua passagem lá para cima. As companhias não dão números exatos, mas sabe-se que, dessas, perto de 200 pagaram US$ 98 mil para ir com a Space Adventures – empresa que já levou 4 turistas à Estação Espacial Internacional (ISS), em parceria com o governo russo. As outras 100 vão pela Virgin Galactic, do bilionário inglês Richard Branson, por US$ 200 mil. Essas empresas, e outras que garimpam o mercado sideral, apostam nos vôos suborbitais: a nave faz uma parábola até o limite da atmosfera, a 100 quilômetros de altitude. De lá, o céu é preto, a Terra aparece como uma grande curva azul abaixo dos seus pés e dá para experimentar alguns minutos de gravidade zero. É menos do que ir à ISS, que fica a 400 quilômetros do chão. “Mas os vôos suborbitais são só o começo. Dentro de alguns anos, teremos pacotes espaciais para todos os gostos”, diz o americano Eric Anderson, presidente da Space Adventures. Ao contrário do que acontecia há 10 anos, os custos não são mais proibitivos. A SpaceShipOne, única nave particular a atingir os 100 quilômetros de altitude, em 2004, foi feita com US$ 25 milhões, o preço de um jato executivo de luxo. Além disso, o turismo espacial é um negocião do ponto de vista do marketing. Como o próprio Branson gosta de comparar, a gigante das telecomunicações Vodafone gasta US$ 100 milhões para patrocinar a Ferrari na Fórmula 1. Por uma quantia parecida, o empresário está montando a primeira companhia espacial 100% privada – coisa que daria uma baita visibilidade para a marca de seu conglomerado, a Virgin. Já a Space Adventures sonha ainda mais alto: promover viagens até a órbita da Lua já em 2008. A US$ 100 milhões por cabeça.

Star Trip

Um folhete que nem este aqui pode estar nas suas mãos em 10 anos. Confira. E, de quebra, veja o que estão fazendo pelo turismo espacial neste momento

Pacote 1 – Xerus e Rocketplane

Previstas para: A definir.

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Essas duas naves trazem uma novidade: enquanto a pioneira SpaceShipOne precisava de um avião para carregá-la, soltando-se a uma altitude de 16 quilômetros, elas foram projetadas para decolar do chão. A Xerus, que deve levar os turistas da Space Adventures, está sendo feita pelas empresas Xcor Aerospace e ATK, que faz foguetes para a Nasa. A Rocketplane, que faz sua nave com design de jatinho, também trabalha com parceiros da agência espacial americana.

Pacote 2 – SpaceShipTwo

Prevista para: 2008.

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Richard Branson (este figurão de cartola) está montando a Virgin Galactic, a versão espacial de sua cia. aérea. Ele pagou US$ 25 milhões pela tecnologia da SpaceShipOne, US$ 50 milhões para construírem uma versão grande dela, com espaço para 5 passageiros em vez de 2, e outros US$ 50 milhões no projeto de uma base aeroespacial. Total: US$ 125 milhões – só metade de um avião Airbus A-380. Hoje, a reserva da passagem está em US$ 200 mil. “Mas queremos baixar esse preço no futuro. E levar as massas ao espaço”, disse Branson.

Pacote 3 – New Shepard

Prevista para: 2010.

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Quem banca esta aqui é o americano Jeff Bezos, dono da Amazon.com. O New Shepard será o único dos concorrentes com pouso e decolagem na vertical. Mas uma nave que sobe a apenas 100 quilômetros de altitude não precisa usar essa posição nada confortável para os passageiros. A idéia, então, abre uma suspeita: Bezos estaria preparando seu aparelho para ir a 400 quilômetros de altitude, onde fica a ISS. A nave New Shepard deve ser testada gradualmente, primeiro com altitudes mais baixas.

Pacote 4 – Estação Bigelow

Prevista para: 2012.

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O magnata americano Robert Bigelow quer construir um hotel no espaço, a 400 quilômetros de altura, mas ainda não existem naves particulares capazes de levar gente até lá. Para arranjar uma, ele criou o America´s Space Prize, que paga US$ 50 milhões ao primeiro que fizer um foguete para 5 pessoas capaz de chegar até lá em cima e conectar-se a um satélite que ele vai colocar em órbita. Os candidatos têm até janeiro de 2010 para conseguir a façanha (veja mais prêmios assim na página 42).

O que dá para fazer agora

Espaço sideral hoje? É só arrumar as malas. A agência Space Adventures já tem vários programas siderais. O mais famoso é levar clientes à ISS, usando foguetes russos e cobrando a partir de US$ 20 milhões. “Gostei tanto da minha viagem que quero fazer outra até 2010”, diz o empresário americano Gregory Olsen, que voltou de lá em 2005. Quem não tem essa grana toda pode ficar com pacotes mais básicos. Veja a tabela deles:

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Vôo de boeing com simulação de gravidade zero: US$ 3 750

Passeio de caça Mig-25 a 24 quilômetros do chão: US$ 31 mil

Vôo até a órbita da Terra mais período de 8 dias na ISS: US$ 20 milhões

Estadia na ISS com caminhada pelo espaço: US$ 35 milhões

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