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Facebook vai criar uma escala de confiança para classificar os usuários

A ideia é aperfeiçoar a identificação de denúncias falsas de conteúdos compartilhados na rede, mas ainda não se sabe exatamente o que será levado em conta

Por Rafael Battaglia
Atualizado em 22 ago 2018, 14h32 - Publicado em 21 ago 2018, 19h01

O Facebook anunciou nesta terça (21) que vai começar a classificar a reputação dos seus usuários. A “taxa de confiabilidade” irá funcionar em uma escala de 0 a 1 e vai servir para ajudar no combate às notícias falsas. Sim, isso é muito Black Mirror, mas a classificação, segundo a empresa, visa a aperfeiçoar a identificação de conteúdos suspeitos e filtrar perfis maliciosos.

Tudo começou quando o Facebook passou a coletar relatórios falsos de usuários sobre conteúdos problemáticos. Em 2015, a empresa lançou uma nova funcionalidade, que permitia que as pessoas marcassem uma postagem como falsa. Apesar do esforço em evitar a disseminação desse tipo de conteúdo, a medida abriu uma brecha para que alguns usuários fizessem denúncias a partir de seus próprios interesses.

“Não é incomum que as pessoas nos digam que algo é falso simplesmente porque elas não concordam com a premissa de uma história ou estão tentando intencionalmente alavancar uma determinada página”, disse Tessa Lyons, gerente de produtos do Facebook e responsável por projetos nessa área, em uma entrevista ao jornal The Washington Post.

De acordo com ela, a medição também pode servir para avaliar positivamente uma pessoa. Por exemplo: se um conteúdo marcado como falso por determinado perfil for confirmado como uma mentira, o algoritmo vai entender que a opinião daquela pessoa deve ser mais levada em conta.

Assim como os programas que identificam as preferências dos usuários para gerar anúncios personalizados, o sistema de classificação de credibilidade também leva em conta uma série de outras ações e características de cada perfil. No entanto, ainda não se sabe exatamente quais são todos eles, e como o Facebook usa todas as informações disponíveis para nos julgar.

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Fora que precisa funcionar bem.

 

Atualização (22/08/2018): O Facebook se manifestou em relação à notícia veiculada no jornal The Washington Post. Aqui, a SUPER reproduz o comunicado oficial da empresa:

Não temos uma classificação geral de ´reputação´ para as pessoas que usam o Facebook, e a manchete do Washington Post é incorreta. O que estamos fazendo é: desenvolvemos um processo para proteger nossa comunidade de pessoas que denunciam de forma indiscriminada conteúdos como sendo falsos na tentativa de burlar as regras da plataforma. Fazemos isso para ter certeza de que nossa luta contra a desinformação seja mais efetiva”.

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