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Nasa revela primeira imagem feita pelo Tess, seu caçador de exoplanetas

Satélite lançado em abril de 2018 pretende encontrar 300 planetas semelhantes à Terra. Para isso, conta com câmeras potentes

Por Guilherme Eler
Atualizado em 12 mar 2024, 10h15 - Publicado em 18 set 2018, 19h27

A imagem que você vê acima é a primeira assinada pelo “Satélite de Levantamento de Exoplanetas em Trânsito”, nome de batismo do Tess, da Nasa. Desde abril de 2018, ele está em uma missão pelo espaço, que deve durar pelo menos dois anos e tem um fim bastante nobre: coletar informações sobre o máximo de exoplanetas que conseguir mapear.

Ganham o nome de exoplanetas aqueles que não orbitam o Sol, e sim outras estrelas distantes. Por causa dessa diferença, estão em sistemas planetários diferentes do nosso. Encontrar novos planetas do tipo, ainda que nunca nem cheguemos a colocar os pés neles algum dia, pode garantir informações essenciais ao projeto humano de encontrar novos locais para chamar de casa.

“Em um mar de estrelas que transborda novos planetas, o Tess lança uma rede gigantesca e vai pescar uma boa quantidade de planetas promissores, que merecem ser estudados”, disse Paul Hertz, diretor de astrofísica da Nasa, em um comunicado. “Essa primeira imagem mostra a capacidade das câmeras do Tess, e indica que a missão irá cumprir seu incrível potencial na procura por outra Terra”. Com o Tess, a Nasa estima encontrar pelo menos 300 planetas de dimensões semelhantes às da Terra.

Durante o primeiro ano, o foco do Tess será mapear quadrantes do céu do hemisfério sul – no seguinte, inverterá o lado e passará a investigar o norte. Em média, ele manda imagens a cada 13.7 dias, no momento em que mais aproxima sua órbita da Terra. A ideia é que essas mensagens, depois de coletadas e analisadas, sirvam para determinar a posição de novos vizinhos de universo.

Com os dados preliminares desse início de mapeamento, pôde-se criar a primeira fotografia oficial do Tess. No dia 7 de agosto de 2018, o satélite mirou suas quatro câmeras por 30 minutos em um trecho do hemisfério sul.

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Este recorte do céu inclui dezenas de constelações inseridas nas duas galáxias-anãs mais próximas da Via Láctea, Pequena e Grande Nuvem de Magalhães, que você pode ver à direita. Os pontos mais reluzentes que você vê no lado esquerdo da foto, por sua vez, representam as estrelas Beta Gruis e R Doradus. De tão brilhantes, elas saturaram toda uma coluna de pixels das câmeras 2 e 4 do Tess.

Abaixo, há uma imagem que mostra como as quatro câmeras funcionam, e como conseguem unir trechos direferentes do céu em uma mesma foto.

Como o Tess detecta novos planetas

Por concentrar suas observações sempre em uma mesma parte do céu, o Tess consegue observar o brilho de astros que passam pela região. Qualquer pequena redução na luminosidade pode indicar a existência de um novo exoplaneta – que, sem nem saber que está sendo observado, descreve sua órbita a anos-luz de distância. Analisando quanto da luz emitida é bloqueada, a ferramenta consegue inferir também seu tamanho.

A técnica descrita acima tem o nome de “espectrometria de trânsito”, e permitirá ao satélite monitorar 85% do céu. No vídeo abaixo, feito pela Nasa, há uma descrição mais detalhada de  seu funcionamento.

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O Tess foi lançado com a função de substituir o Kepler, telescópio aposentado que está em órbita há nove anos e, atualmente, está à deriva por falta de combustível. Entre 2009 e 2013, o Kepler recolheu dados sobre a região do céu entre as constelações de Cisne e Lira e permitiu que a Nasa identificasse cerca de 4,5 mil candidatos a exoplanetas.

Uma vantagem em comparação ao seu antecessor é o “tamanho da rede”. No caso do Kepler, a região mapeada contemplava astros a até 3 mil anos-luz de distância (e brilho até 100 vezes menor). Por estarem muito mais afastados, exoplanetas do tipo têm identificação mais complexa.

Estima-se que os custos relativos à fase inicial da missão, que envolveu construção e lançamento, estejam em cerca de US$ 287 milhões (pouco mais de R$ 1 bilhão).

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